Uma saída com o sentimento de dever cumprido. Assim o zagueiro Ruan Renato deixou Caxias do Sul com destino à Viena, onde se apresenta ao Áustria Viena para a disputa do Campeonato Austríaco e da Uefa Europa League, segunda maior competições de clubes do continente. Com um ano e meio de Ju marcados por conquistas, polêmicas e vitórias, Ruan teve papel importante na chegada do time na Série B do Brasileiro.
Ele veio do Guaratinguetá, de João Telê, para o Jaconi. E do aeroporto de Guarulhos-SP, onde esperava o voo para Madri e depois para Viena, o zagueiro conversou com o Pioneiro e falou sobre a relação com o Juventude, o apelido de "pé duro" e a oportunidade que ganha aos 23 anos na Europa.
Passagem pelo Ju
– Foi um período muito bom. Gostei muito do povo e da cidade de Caxias. Consegui uma boa passagem. Saio muito feliz por tudo que fiz no Juventude, pelo acesso do ano passado. Fico um pouco triste por sair no meio do campeonato, mas sei que o clube foi recompensado financeiramente também. Foi bom para os dois lados. O Juventude está marcado na minha história. Guardo o time no coração e estarei torcendo de longe. Quem sabe possa voltar um dia com o clube mais estruturado e em uma Série A de Brasileirão.
2016 marcante
– Foi espetacular. Chegamos bem no Gauchão, na Copa do Brasil e no principal objetivo que era o acesso. O clube estava há alguns anos fora, e devolvemos o Juventude para um lugar que nunca deveria ter saído.
Na Liga Europa
– Isso pesou muito na minha decisão, na escolha de ir para lá. Além da questão financeira, vou poder enfrentar equipes gigantes na Liga Europa. Estarei disputando um grande campeonato europeu. É um sonho para qualquer jogador.
O apelido de pé duro
– Não fiquei chateado com esse apelido. Fiquei chateado como ele (Wagner, ex-meia do Caxias) falou do Juventude. É uma instituição muito grande e ele tratou com desrespeito. A corneta entre jogadores é comum, nem dei bola para isso. A zoação é normal no nosso meio, mas passou do ponto quando falou de um clube como o Juventude. O torcedor até pegou o apelido de uma forma carinhosa, porque sabe que não condiz com meu futebol.
Possibilidade de acesso
– Temos um time para isso. Pessoas do lado de fora que têm condições. Vários jogadores de muita qualidade. Mas tem que pensar também se o clube está estruturado para isso. Tudo bem que o acesso é ótimo, financeiramente e pela visibilidade. Mas permanecer na Série B, se estruturando entre os grandes do país, também é bom.