Um dos jogadores dispensados pelo Aimoré após disputar uma partida de futebol 7 na véspera do jogo contra o Igrejinha, pela Copa Paulo Sant'Ana, Rafinha Carletti explicou a Zero Hora o porquê de sua decisão. Segundo ele, a motivação foi basicamente financeira. Além dele, o lateral Jeferson e o volante João Antônio também deixaram o clube pela mesma razão.
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Tu foste mesmo jogar futebol 7?
Fui. Mas não teve nada do resto que estavam falando, que teve churrasco, festa. Não teve nada. Fui lá, joguei e fui embora. Sei que não é o mais adequado jogar amador na véspera do profissional, mas estava no banco (nenhum dos três entrou em campo no domingo). Achei que não teria problema.
Por que foste jogar?
Pelo dinheiro. O salário no segundo semestre cai muito, precisava completar a renda.
Desculpa a indiscrição, mas quanto é, mais ou menos?
Vou falar o meu caso: ganhava R$ 1 mil para jogar no Aimoré, e ganho R$ 400 por jogo no futebol 7. Não podia perder esse dinheiro, tenho família para sustentar. Joguei no Gama, não me pagaram. Depois, no São Paulo-RG, agora o presidente Vitor (Magalhães) acertou o pagamento. Fica difícil.
O futebol amador dá mais dinheiro?
No segundo semestre, sim. É bem comum pagar mais e ter mais gente jogando. Agora mesmo, viajo para Curitiba para jogar o Brasileirão de futebol 7. Vai dar uma grana. Claro que sonho em me firmar em algum time, tenho 25 anos, o futebol é minha profissão. Mas preciso sobreviver.
* ZH Esportes