ZH consultou dirigentes de todos os clubes do Interior para saber qual razão os leva a disputar a Copa Paulo Sant’Ana, uma competição sabidamente deficitária. Veja as respostas.
Pelotas (Gilmar Schneider, presidente)
Porque entendemos que uma Divisão de Acesso forte passa pela continuidade de trabalho, com uma base de jogadores e comissão técnica em um mesmo entendimento. E este projeto, para o Pelotas, inicia na Copa Paulo Sant’Ana. O Pelotas é um time de futebol e, por isso, precisa estar em atividade.
Guarany-Ba (Pedro Trindade Martins, presidente)
Porque queremos manter o clube ativo. Precisamos dar condições para os jogadores atuarem. Hoje, um atleta do Interior não consegue fazer uma compra parcelada em 12 vezes, porque só está sob contrato em seis. Mas somos um clube de futebol e, com a parceria, jogamos.
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Bagé (Rafael Alcalde, presidente)
Porque queremos manter o futebol ativo o ano inteiro. Não podemos ser um clube que disputa só dois ou três meses. Se não, como vamos reclamar dos torcedores de Grêmio e Inter, se não oferecemos jogos no resto do ano? Apesar das dificuldades, temos de jogar.
Três Passos (Edílson Müller, o Milla, presidente)
Porque é o que tem. Não há outra competição para ser disputada. Não é que seja um campeonato que valha a pena financeiramente, mas se quisermos nos manter atuando, precisamos enfrentar. Não estamos conseguindo, então vamos fechar o futebol profissional.
Cruzeiro (Dirceu de Castro, presidente)
Porque não podemos ficar parados. Temos jogadores com contrato e atletas da base que receberão mesmo se não jogarmos. Então, nesse caso, vale a pena. Além disso, a Copa nos dá uma visibilidade e dá início ao trabalho para um Gauchão mais forte.
Ypiranga (Luiz Tobata, presidente)
Porque ela dá uma vaga para a Copa do Brasil. Tivemos ótimas experiências nesta competição, chegamos a enfrentar o Fluminense e isso nos garantiu o ano todo, financeiramente. Além diso, estávamos na Série C, então já tínhamos as despesas do futebol.
Nova Prata (Eduardo Capelari, gerente de futebol)
Porque somos um clube-empresa. Já encaminhamos a negociação de três ou quatro atletas. A Copinha segura o jogador em atividade e nos faz conhecer também a questão de comportamento. Por exemplo: alguns nunca jogaram sendo filmados e nós gravamos todos os jogos.
Aimoré (Paulo Costa, presidente)
Porque temos uma parceria com os jogadores que já dura um ano e meio. Criamos uma família, tanto que já me chamam de “vô”. O Aimoré está ajudando 30 jogadores, além de comissao tecnica e outros funcionários. Damos oportunidades e temos visibilidade.
Real (Eduardo Sena, presidente)
Porque precisávamos nos apresentar ao Rio Grande do Sul também no futebol profissional. Jogávamos competições de base e nos federamos este ano. A FGF nos solicitou que disputássemos esta competição antes de começar na Terceirona de 2018.
São José (Júlio Machado, diretor de futebol)
Porque a Copa Paulo Sant’Ana dá uma vaga na Copa do Brasil ou na Série D. Isso é um belo atrativo para nós, que fazemos futebol o ano inteiro. Além disso, usamos para nos preparar para o Gauchão do ano que vem, ver atletas e iniciar o trabalho.
Igrejinha (Ademir Stein, presidente)
Porque nos sensibilizamos com a meninada que joga por aqui. Temos um trabalho de 10 anos de formação de jogadores e nos sacrificamos bastante para não pararmos. Além disso, temos um objetivo forte na Divisão de Acesso do ano que vem, e a Copa dá experiência.