Após o gol de Jô, a utilização do recurso do árbitro de vídeo voltou a ser pauta no futebol brasileiro. Segundo o ex-árbitro de futebol e, atualmente, comentarista de arbitragem da Rede Globo, apesar das vantagens que possam aparecer, o recurso da tecnologia no futebol não irá zerar o número de erros que existem atualmente. Principalmente, porque o vídeo dependerá da interpretação do árbitro.
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Em entrevista ao programa Esportes ao Meio-Dia, da Rádio Gaúcha, o ex-árbitro falou sobre a sua opinião em relação a implantação do recurso de vídeo durante as partidas de futebol. E as dificuldades que existem para que isso aconteça.
- Não é da noite para o dia que irá se aprimorar esse processo, porque é muito complicado. É muito difícil, o futebol não está acostumado com paralisações, com discussões sobre se foi ou não pênalti, se estava impedido ou não, se a bola entrou ou não entrou. Perderia muito tempo e o jogo ficaria parado. O futebol é um esporte muito dinâmico, é jogado intensamente durante os 90 minutos. Falou.
Ele ainda expressou a sua opinião em relação às dificuldades de implantação da tecnologia no futebol brasileiro.
- Aqui no Brasil, sempre que se tem um lance polêmico é lembrado que "se tivesse um árbitro de vídeo, isso não iria acontecer". Isso é um engano. Quando o lance for muito claro, isso até pode ser admitido. Mas quando é um lance de questão interpretativa, tem algumas discussões. Portanto, árbitro de vídeo não é a solução. Ele pode ajudar, mas não pense que com isso, teremos uma arbitragem com 100% de acerto. Explicou.
O recurso de árbitro de vídeo, no futebol brasileiro, foi utilizado na partida entre Sport e Salgueiro, na ocasião, até que fosse definido o resultado da jogada, a partida foi paralisada por 6 minutos. A agilidade nas decisões é um dos principais pontos destacados por Arnaldo César Coelho para que, a implantação desta tecnologia, seja dificultada no futebol brasileiro.