Era uma vitória inadiável. Principalmente depois de uma derrota com goleada para o Londrina fora de casa na semana passada. O xavante enfrentou um adversário direto na fuga pelo rebaixamento. Mas o Goiás do técnico Argel Fuchs tem tradição e montou um bom elenco. Era jogo perigoso. O xavante precisava ser xavante. E foi. Uma vitória de virada por 2x1 para testar os nervos da já curtida torcida rubro-negra.
A partida de ontem teve um destaque positivo e um negativo. O atacante Marcinho jogou muita bola. Teria feito um gol de placa do lado da nova arquibancada do Bento Freitas, quando fez uma fila a dribles desde a intermediária até a área esmeraldina e chutou forte, mas o goleiro Rangel fez um milagre tocando a bola para escanteio. Se sai o gol, o torcedor seria obrigado a sair do estádio e pagar um novo ingresso. E, no escanteio, batido por Eder Sciola, o 2x1 de Rafinha.
O destaque negativo foi João Afonso. O volante erra passes e faz faltas em demasia e definitivamente não está em um bom momento. O Brasil precisa repensar essa posição e contratar um volante, principalmente quando Itaqui não puder atuar. Leandro Leite se recuperou e, na minha opinião, resgatou a camisa 5 xavante. Mas nossos problemas não param por aí. Para obtermos a permanência na Série B de uma forma mais tranquila, precisamos de um meia, no mínimo. Penso que Rafinha seja mais atacante do que meia armador. Portanto, com Aloisio e Lenílson insuficientes e Vagner fora dos planos, penso que esta seja uma segunda contratação que se impõe. Observem como o Brasil enfrenta dificuldades contra times que reforçam o meio campo.
A boa notícia é que teremos uma parada providencial em função dos jogos da seleção brasileira pelas eliminatórias da Copa da Rússia. O jogo contra o Náutico, em Recife, será somente em seis de setembro. Período de ouro para Clemer afinar jogadas, descansar e recuperar guerreiros. A propósito, Clemer faz uma bela campanha: o time ao seu comando conquistou 13 pontos em 7 jogos. Até então tinhamos 17 pontos em 15 jogos. Os números são sempre frios exatos e verdadeiros. E, acima de tudo, reveladores. Avante!