Muito mais do que um jogo de futebol, a partida entre Barcelona e Chapecoense nesta segunda-feira foi uma celebração. Celebração da volta de Alan Ruschel aos gramados. Celebração da vida e da recuperação dos sobreviventes Neto e Folmann. Celebração do renascimento da Chapecoense. E também – por que não? – uma celebração da memória dos que se foram no acidente aéreo em Medellín, em novembro passado.
Desde bem antes de a bola rolar, o tom emotivo era perceptível no Camp Nou. Em seus discursos, Iniesta e o novo técnico do Barcelona, Ernesto Valverde, destacaram a importância e a alegria de receber o time catarinense. Em um gesto simbólico, Folmann e Neto foram os responsáveis pelo pontapé inicial da partida. Chegaram e saíram sob aplausos de milhares de torcedores.
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Quando a bola rolou para valer, os olhos se voltaram para Alan Ruschel. Como é de sua característica, lutou e correu o quanto pôde. Foram 35 minutos de muita entrega, tentando marcar as subidas do lateral-direito do Barça. E, na saída para dar lugar a Penilla, mais uma chuva de aplausos das arquibancadas. Não dava para esperar menos.
Em relação ao futebol, o Verdão foi valente. Mesmo com uma marcação aguerrida, não pôde segurar o toque de bola envolvente do adversário. Marcar Messi, Suárez e Iniesta é mesmo uma missão ingrata.
A tônica do jogo foi essa. Com um nervosismo evidente, a bola queimava nos pés dos jogadores da Chape. Trocar mais de cinco passes era praticamente um ato heroico. Diante do bombardeio quase constante, um nome do Verdão se destacou. O goleiro Elias evitou muitos gols do time da casa. Defendeu chutes de Messi e Suárez cara a cara. Jogadas para gravar em DVD.
Do lado do Barça, não foi preciso forçar: os gols saíam naturalmente. Messi e Suárez deixaram os seus, para a alegria da torcida. Mesmo sem Neymar, é um time que continua a encantar.
Achou que ia esquecer do resultado? 5 a 0 para o time da casa. Mas quem se importa? Para quem esteve em Barcelona, com certeza o placar será a última das lembranças.
* ZHESPORTES