Cumprindo sua sina de "regularidade" o xavante completou a segunda rodada seguida com derrota após duas vitórias consecutivas. Assim tem sido a campanha rubro-negra desde a quarta rodada. Duas vitórias e duas derrotas. O xavante foi batido no sábado (1) pelo América-MG por 3x0, no Horto.
O jogo foi relativamente equilibrado pelo menos até o primeiro gol dos donos da casa, aos 34 minutos. Numa cobrança de escanteio, Renan Oliveira só teve o trabalho de aparar a bola na segunda trave. 1x0. O América teve ainda duas chances para ampliar. Na última do primeiro tempo, Eduardo Martini fez boa defesa ao mandar para escanteio a finalização cara a cara de Luan.
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Já no segundo tempo, o time da casa ampliou aos 10 minutos em cobrança de falta de Pará. Aos 35, o zagueiro Evaldo foi expulso ao atingir o atacante Bill com o cotovelo. Pouco depois, o mesmo Bill deu um testaço na bola que atingiu o travessão de Martini. Ao apagar das luzes, porém, Bill não desperdiçou e decretou a vitória justa do América por 3 a 0.
O xavante teve Eduardo Martini; Wender (Ednei), Leandro Camilo, Evaldo e Breno; Itaqui, João Afonso, Marcinho (Juninho), Wagner e Rafinha; Lincom (Rodrigo Silva).
Com a derrota o Brasil caiu para a décima quarta posição com 14 pontos. Estamos a 5 pontos do G4 e a 2 do Z4. A pontuação e a campanha são razoáveis. O mesmo não posso dizer do desempenho da equipe. Se fossem vitórias e derrotas com a equipe pelo menos mantendo um padrão, vá lá. No entanto, o Brasil joga muito bem quando ganha e mal quando perde. Pode-se argumentar que o processo é mais ou menos o mesmo para a maioria dos times da Série B nacional, inclusive com dificuldades por suspensões ou lesões para colocar as mesmas escalações em campo.
O que se cobra é padrão de jogo independente de quem esteja em campo. O que também me preocupa é uma certa dificuldade do treinador Rogério Zimmermann em conviver com críticas simples e óbvias. O torcedor que deixa de vestir uma camisa e troca o almoço ou a janta por um sanduíche tem todo o direito de questioná-lo quando diagnosticar eventuais dificuldades do time, independente do torcedor estar no estádio ou em frente a um computador.
Na verdade, o torcedor xavante é um só, no estádio, no computador ou escutando pelo rádio, como sugeriu o presidente Ricardo Fonseca, para quem não pode se associar ou pagar o ingresso de R$ 60. Se o Brasil está mal nas derrotas está pior ainda nos microfones.