Pouco antes de mais uma noite de sofrimento, desta vez diante do Oeste, todo torcedor colorado se pergunta: como viemos parar nessa situação? As causas são conhecidas, como a falta de uma política de futebol definida, contratações a rodo de jogadores velhos ou em decadência, aposta em nomes que já passaram pelo Beira-Rio (oi, Damião!) e por aí vai. Mas, dentro de campo, a razão mais evidente, e a mais ignorada pelos dirigentes de ontem e de hoje, é a decadência do meio-campo.
Desde 2011, quando tínhamos jogadores como Oscar, Andrezinho e D'Ale articulando jogadas, o Inter relegou a criação a segundo plano. O clube se preocupou mais em encher o vestiário de volantes e atacantes do que encontrar bons armadores.
Dispensou D'Ale sem ter preparado um substituto, apostou em Alex em final de carreira, repatriou D'Ale sob o peso da idade e prefere jogar com três atacantes ou três marcadores a reforçar a criação. Trouxe Camilo já com metade do campeonato desperdiçado.
Não é à toa
Como não tem posse de bola, o ataque murcha, e a zaga vaza. Logo, a solução parece ser contratar mais zagueiros ou avantes. Mas o meio-campo continua lá, improdutivo, sem criatividade, sem toque de bola, ano após ano, queimando um técnico depois do outro. Dizem que o próximo pode ser Dunga – outro que já passou pelo Beira-Rio sem grande sucesso. Não é à toa que chegamos a esse ponto, mesmo
*Diário Gaúcho