O prefeito de Belo Horizonte e ex-presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, falou ao Timeline desta segunda-feira sobre uma frase sua que ganhou repercussão nacional. Em entrevista ao El País, da Espanha, o governante afirmou que "futebol não é coisa para pobre".
À Rádio Gaúcha, Kalil explicou que não emitiu uma opinião e sim constatou que o modo com que o futebol é feito no Brasil inviabiliza diminuir os preços do ingressos.
- Simplesmente constatei um fato. Deveria ter usado uma palavra mais bonita, mas isso não é opinião é constatação para quem conhece o futebol do mundo inteiro. Torcida dividida, ingresso barato é coisa de Brasil.
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Kalil explicou ainda que na Europa os estádios só aumentaram quando houve uma demanda grande por ingressos, algo diferente do que ocorreu no Brasil.
- O futebol é competição. A primeira coisa que tem que fazer para atingir jogador de R$ 500 ou 600 mil, é estádio pequeno. A decisão da Europa de aumentar estádios foi depois que a fila dos ingressos estavam em dez ou onze anos. Aí o Bayern aumentou, o Arsenal trocou em Londres. É demanda. Você faz um Maracanã ou Mineirão, para 60 mil pessoas, você fecha para que caibam 12 ou 13 mil. É um erro grosseiro feito na Copa.
O ex-dirigente disse ainda que a cobrança da torcida por times competitivos em todos os anos colaboram para esta cultura.
- Há um erro de ter mais lugar que ingresso. Aí fica o rabo correndo atrás do cachorro. Nós temos lugar, a torcida quer título e querem ingresso barato. Não é minha opinião, é minha constatação. Não fecha a conta.