Há um ano afastado como presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e em prisão preventiva por suspeita de fraude envolvendo a seleção nacional, Ángel Villar renunciou a seus cargos como vice-presidente da Fifa e da Uefa - anunciaram ambas as instituições nesta quinta-feira (27).
Detido desde 18 de julho, Villar foi posto em prisão preventiva como suspeito de criar e alimentar - durante anos - uma ampla rede de corrupção dentro do futebol espanhol.
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Villar foi suspenso de maneira cautelar na terça-feira por um ano pelo Conselho Superior de Esportes (CSD) espanhol.
Também estão sendo investigados Gorka Villar, filho do ex-mandatário, e Juan Padrón, vice-presidente econômico da RFEF na administração anterior.
"Villar deixou seu cargo de vice-presidente sênior da Fifa", anunciou à AFP um porta-voz da entidade mundial.
O espanhol também se afastou "de suas funções de vice-presidente da Uefa e de membro do Comitê Executivo da Uefa com efeito imediato", informou por sua vez a instância europeia.
Aleksander Ceferin, presidente da Uefa, "aceitou a demissão de Villar e agradeceu pelos numerosos anos de serviço ao futebol europeu", completou a Uefa.
De acordo com a justiça espanhola, Villar criou uma rede de clientes usando jogos da seleção espanhola para beneficiar a empresa de seu filho.
Ao mesmo tempo, Villar teria usada a RFEF para conceder benefícios a presidentes de federações regionais "das quais não tinha apoio garantido", segundo o juiz Santiago Pedraz.
A detenção de Villar é um novo golpe contra o futebol espanhol, que já sofre com os escândalos de evasão fiscal de astros do esporte, como Cristiano Ronaldo.
O atacante do Real Madrid irá depor em 31 de julho por suposto fraude fiscal de 14,7 milhões de euros relacionados à receita com direitos de imagem.
* AFP