Se o momento do MMA brasileiro é de instabilidade entre os homens, que não detêm nenhum cinturão no UFC, é de sucesso entre as mulheres. Das três categorias de peso femininas, duas são dominadas por brasileiras – Amanda Nunes, campeã peso galo, e Cris Cyborg, que conquistou o peso pena no último sábado ao nocautear Tonya Evinger no UFC 214.
– Desde que comecei a lutar eu não estava lutando só pra mim, estava lutando por todas as mulheres. Esse era o caminho: mostrar que as mulheres podem lutar como os homens, que elas podem ser técnicas como os homens, então esse sempre foi o meu objetivo. E uma das coisas foi abrir categoria pra mais mulheres e está acontecendo, por isso eu fico feliz de ser uma das pioneiras fazendo isso. Ser campeã do UFC é algo que me deixa muito feliz, porque treinei muito para isso – disse Cyborg, em entrevista ao Combate.
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Como a categoria peso pena ainda é recente no UFC, Cyborg não tem rival para fazer sua primeira defesa de cinturão. Ela pediu uma luta com Holly Holm, ex-campeã peso galo e que disputou o cinturão inaugural dos penas contra Germaine de Randamie em fevereiro – Randamie venceu, mas foi destituída do título por se recusar a enfrentar a brasileira.
– As mulheres estão dominando o esporte e agora é mais uma cinta para o Brasil: eu e a Amanda. Agora, vai ser difícil tirar esse cinturão de mim – completou Cyborg.
Amanda Nunes defenderá o seu cinturão diante de Valentina Shevchenkono UFC 215, dia 9 de setembro – a luta estava previamente marcada para o UFC 213, no início de julho, mas foi cancelada devido a um problema de saúde de Amanda.
A única categoria feminina que não tem uma brasileira como campeã é o peso palha, dominado pela polonesa Joanna Jedrzejczyk. No entanto, há duas brasileiras no top 5 do ranking: Cláudia Gadelha (1ª) e Jéssica Andrade (4ª). Ambas, que já foram derrotadas por Joanna, fazem um confronto direto no UFC Fight Night 117, dia 23 de setembro, no Japão.