O austríaco Dominic Thiem, número 7 do mundo, venceu nesta quarta-feira o sérvio Novak Djokovic, vice-líder do ranking ATP e atual campeão de Roland Garros, pelas quartas de final por 3 a 0, com parciais de 7-6 (7/5), 6-3 e 6-0.
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Thiem enfrentará nas semifinais de sexta-feira o espanhol Rafael Nadal, que busca o 10º título no Grand Slam francês.
O espanhol venceu a partida das quartas de final contra o compatriota Pablo Carreño, que abandonou o jogo por uma lesão abdominal quando Nadal vencia a partida por 6-2 e 2-0.
– Não é a melhor maneira de se classificar, principalmente porque é contra um amigo. Sinto muito por ele. Essas coisas acontecem – lamentou Nadal após a partida, lembrando ter tido uma lesão abdominal em 2009, durante o US Open.
– Vi que não podia jogar assim. Tentar ganhar de Rafa sem poder sacar ou estar 100% é complicado demais. Preferi não agravar a lesão – explicou Carreño, que viu com bons olhos a campanha em Roland Garros.
O duelo válido pelas semifinais terá um ar de vingança para Nadal, que perdeu apenas uma partida nesta temporada no saibro, justamente para Thiem, nas quartas de final do Masters 1000 de Roma. Alguns dias antes, em Madri, foi o espanhol que derrotou o austríaco, o que já havia acontecia na final em Barcelona.
Djokovic, que para esta edição de Roland Garros contou com o assessoramento do ex-tenista Andre Agassi, não conseguiu defender o título do ano passado e realizou sua pior campanha em Paris desde 2010, quando também foi eliminado nas quartas. Desde então, sempre havia disputado pelo menos as semifinais.
A temporada sobre saibro não foi boa para Djokovic, que voltou às quadras após lesão no cotovelo que o obrigou a ficar de fora do Masters 1000 de Miami.
Após ser eliminado nas quartas em Monte Carlo e nas semifinais em Madri, o sérvio chegou a fazer a final em Roma, mas foi surpreendido e derrotado pelo jovem alemão Alexander Zverev.
Nas semifinais na capital italiana, Djokovic atropelou Thiem (6-1, 6-0). O austríaco, que havia perdido os cinco jogos prévios contra Djoko, pareceu tirar valiosas lições dessa partida, o que lhe permitiu dar o troco em Roland Garros, se credenciando como um dos fortes concorrentes ao título.
Do outro lado da chave, o suíço Stan Wawrinka, número 3 do mundo, deu sequência à grande campanha em Roland Garros, atropelando sem dó o croata Marin Cilic (N.7) em três sets, 6-3, 6-3, 6-0 para avançar às semifinais.
Campeão do Aberto francês em 2016, Wawrinka, famoso por crescer em grandes torneios, aparece como um forte candidato ao título.
O próximo adversário do suíço sairá do confronto entre o britânico Andy Murray, número 1 do mundo, e do japonês Kei Nishikori, oitava cabeça de chave do torneio.
Pliskova e Halep nas semis
Na chave feminina, a tcheca Karolina Pliskova, número 3 do mundo, se classificou às semifinais ao derrotar a última representante francesa no torneio, Caroline Garcia (27º), 7-6 (7/3) e 6-4.
Pliskova, que nunca havia chegada tão longe em Roland Garros, enfrentará por uma vaga na final a romena Simona Halep, terceira cabeça de chave, que conseguiu virar a partida contra a ucraniana Elina Svitolina, 4-6, 7-6 (8/6) e 6-0.
Pliskova, de 25 anos e 1,85 m de altura, é a jogadora mais bem ranqueada ainda viva no Grand Slam francês, depois da eliminação na primeira rodada da alemã Angelique Kerber, número 1 do mundo, e da ausência por gravidez da americana Serena Williams (2º).
A tcheca, que nunca havia superado a segunda rodada até este ano, buscará chegar a sua segunda final de Grand Slam, após a derrota no US Open de 2016 diante de Kerber.
Já Halep teve vida ainda mais complicada do que Pliskova para avançar às semis e precisou de uma reação praticamente milagrosa para vencer.
A romena perdia por 3-6, 1-5 quando ressuscitou no jogo, vencendo cinco games seguidos para levar o set para o tie-break, no qual precisou sobreviver a um match point para Svitolina antes de vencer a parcial em 7-6 (8/6).
No terceiro set, com a adversária ucraniana nas cordas, Halep aproveitou para matar o jogo, vencendo com direito a pneu: 6-0.
* AFP