O Inter completou ontem 180 minutos sem um único chute contra o gol do adversário. Recorde mundial negativo. Ontem tinha gramado de qualidade, tinha D'Alessandro, tinha torcida. Só não tinha futebol.
Com Zago era ruim. Com Guto é muito pior. A única melhora é que faz dois jogos que não toma gol. Mas é só isso. O Inter não está jogando nada. A torcida esbraveja na arquibancada e solta a vaia.
Sexto colocado e andando de voo fretado. O Inter vive o milagre da involução. Vaias foram ouvidas no Beira-Rio e ecoam em todos os lares onde existe um coração colorado. São três jogos com empate
TRÊS COMPETIÇÕES
Só a exaustão pode retirar o Grêmio do fantástico caminho de vitórias. Tem time, tem grupo, tem treinador. Neste momento, Renato não conta com Leonardo Moura, Maicon, Bolaños e Lucas Barrios. Todos eles são muito importantes. Só que os substitutos utilizados estão dando prosseguimento ao futebol de qualidade que encanta o Brasil.
A dificuldade está no fato de que estão chegando os jogos da Copa do Brasil e da Libertadores. Serão partidas de três em três dias, em que deverá ser utilizado cauteloso esquema de rodízio. A exaustão física entra como grande adversária do Grêmio.
CRAQUE DO BRASIL
Luan está esmerilhando. O Brasil inteiro já se deu conta de que ele é o melhor jogador em atividade neste momento no país. Faz tudo com referência de craque. Será que a direção do Grêmio não poderia aproveitar a grana que vai receber da venda de Douglas Costa e dar para Luan, evitando sua venda? Seria uma perda importante, que só encontra justificativa na necessidade muito expressiva de fazer caixa para enfrentar as contas. Parece que este é o caso. Nossos clubes não conseguem sobrevivência sem a venda de seus principais jogadores.
SETE A SETE
Foi o melhor jogo do Brasil este ano. Grêmio e Cruzeiro ingressaram no gramado do Mineirão, na quarta-feira, inebriados pela vontade de atacar, de marcar gols, de ganhar aquela partida. Foram seis gols, mas poderia ter chegado a 14 (7 a 7). Só Ramiro perdeu dois. O Cruzeiro botou três bolas na trave de Marcelo Grohe. Não faltou emoção.