Por meio de uma carta aberta, a federação de ginástica dos Estados Unidos se desculpou pelo escândalo de abuso sexual a ginastas. No centro das acusações está o antigo médico da seleção, Larry Nassar que, além de dezenas de denúncias de ex-ginastas, também foi indiciado pelo FBI pela posse de fotos de pornografia infantil.
"Mesmo um caso de abuso infantil é demais. A federação de ginástica dos Estados Unidos lamenta muito que alguém tenha sofrido danos durante a carreira na ginástica, e nós oferecemos nosso mais profundo pedido de desculpas a qualquer atleta que tenha sofrido abusos ou maus tratos ao participar do esporte. Trabalhando juntos, podemos mover o esporte para prevenir que novos abusos ocorram".
O documento foi assinado por 21 membros do conselho diretor da entidade e aponta uma reformulação da conduta da federação a partir da orientação da ex-promotor federal, que passou boa parte da carreira envolvida em acusações de abuso sexual infantil, Deborah Daniels.
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De acordo com o documento, todos os membros da organização devem relatar qualquer tipo de suspeita de má conduta sexual. Além disso, deve-se encorajar a comunicação de comportamentos abusivos a partir de mecanismos favoráveis às vítimas e o empoderamento dos atletas. A federação ainda promete introduzir políticas para estabelecer fronteiras entre os membros da comunidade.
"É proibido que adultos membros da entidade fiquem sozinhos com ginastas menores em todos os momentos. É proibido que profissionais sem parentesco compartilhem ou fiquem sozinhos em dormitórios com os ginastas. É proibido que os adultos tenham contato com os ginastas fora das atividades por e-mail, mensagem ou mídias sociais. Novos requisitos estão em vigor em relação ao contato físico entre adultos e ginastas".
Acusado de ter menosprezado as acusações de abuso sexual nas equipes norte-americanas, o então presidente da federação, Steve Penny, foi pressionado pelo Comitê Olímpico dos EUA e pediu demissão em março. A denúncia de 368 casos de abuso sexual nos últimos 20 anos na ginástica americana foi feita pelo jornal "Indy Star" em dezembro do ano passado.
*LANCEPRESS