Emprestado pelo Inter nesta temporada ao Atlético-GO, Andrigo curte o seu melhor momento do ano no novo clube. Em ritmo da primeira vitória da equipe goiana no Brasileirão (diante da Ponte Preta na quinta-feira), o meia projeta o resto do ano, fala do rebaixamento do Inter em 2016 e os motivos que o levaram a deixar o Beira-Rio 12 anos depois:
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Confira trechos da entrevista:
O Atlético-GO venceu a primeira partida no Brasileirão nesta quinta-feira. Foi a sua melhor partida temporada?
Com certeza, foi. Além da vitória, me elegeram melhor em campo pela imprensa daqui. Só faltou o meu golzinho. Tive algumas chances, mas o goleiro conseguiu pegar.
Como aconteceu a decisão de deixares o Inter depois de 12 anos para defender o Atlético-GO nesta temporada? Como foi essa negociação?
Era um lugar que eu teria mais oportunidades de jogar, mostrar o meu trabalho. Sabia que seria mais difícil no Inter pelo que aconteceu. Às vezes, o jogador precisa disso. Faz bem e era o momento de eu sair para ter mais oportunidade de jogar.
Fala por conta do rebaixamento?
Não digo isso. Foram muitas contratações, e é normal o jogador perder espaço.
Segue acompanhando o Inter de longe?
Claro, nunca vou deixar de acompanhar, ainda mais neste momento. Eu, como torcedor, torço para que volte logo para a Série A.
Não fica a questão de querer ficar no Inter para ajudar o time o subir?
Claro que fica, né? Tenho um carinho enorme. Tudo o que tenho foi o Inter que me deu. Fico com esse sentimento aqui. Acompanhando os jogos, dá mais vontade de ajudar. Mas isso eu tenho certeza que, quem está aí, vai ajudar a devolver o Inter para o lugar dele.
Ironicamente, o Inter precisa de um meia.
Isso são coisas do futebol. Eu estou aqui fazendo o meu trabalho. Quero fazer da melhor forma, para mostrar o meu valor e que eu posso render.
Aylon, companheiro seu no Inter, está no Goiás. Ele ajudou na adaptação a Goiânia?
Não conhecia a cidade. E o Aylon me ajudou muito. Estamos sempre junto.
O que o Atlético-GO projeta para este ano. A competição é para se garantir na Série A?
Isso a gente não pode dizer, tudo pode acontecer. Tenho que a gente vai surpreender. Todo mundo espera coisas ruins, por sermos um time de menor expressão. O que importa é o que a gente pode fazer. Oscilamos nos outros jogos, mas vencemos neste. E ajuda a dar confiança.
Walter é uma grande figura e hoje está no elenco contigo. Já conhecia ele da época do Inter?
Eu já tinha ficado na concentração com ele. E, logo que ele chegou, eu já estava no Inter. Já conhecia, mas não tinha muito contato. Tive a oportunidade de reencontrá-lo e trabalhar com a gente. Ele é gente boa para caramba, me ajudou quando eu cheguei a me entrosar no grupo.
O que você projeta para 2018?
Projeto o que te falei: é me entregar da melhor maneira, mostrar o meu valor. Vim para ter oportunidade, estou tendo e estou correspondendo. Ajudar o Atlético o máximo possível, para que se mantenha na Série A e termos objetivos maiores.
No fim do contrato, a ideia é voltar e ficar no Inter?
Terminando o contrato de empréstimo, jogador indo bem, na maioria das vezes, há o interesse do clube em ficar com o jogador. Vou trabalhar o máximo para depois voltar para o Inter da melhor maneira.
Tem algum receio de ficar marcado pelo rebaixamento?
Não. Por mais que tenha sido na base, ajudei muito e ganhei muito título. Sei que ajudei muito o Inter na base e quero ajudar no profissional. E eu não temo que ficar marcado pelo rebaixamento. Eu não joguei sozinho, futebol não se joga sozinho. Tinham outros fatores também.
Atlético anunciou recentemente o Doriva.
Pois é. Eu não conheço muito bem. Mas as referências que eu tive foram muito boas. Jogadores que trabalharam com ele me falaram bem.
Troca de técnico é ruim ao longo da temporada. Vocês tiveram essa experiência no ano passado.
Cada um tem uma filosofia para trabalhar, temos de nos adaptar da forma mais rápida. Mostramos que a gente pode vencer um time grande, como a Ponte.
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