Monstruoso. Esta é a palavra que melhor define Rafael Nadal, que chegou ao seu 10° título de Barcelona, o 51° no saibro, ao vencer Domic Thiem, por dois sets a zero. Ninguém na história do tênis mundial dominou tão bem esta superfície quanto o espanhol. Em um momento onde o tênis vive pluralidade de grandes atletas, o título do último domingo anima os fãs de Rafa, que desejam vê-lo retomar o trono que já foi seu por nove vezes.
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O saibro para Nadal é seu porto seguro. Nos momentos mais difíceis da carreira, foi na terra batida que o espanhol iniciou a volta por cima. Em Monte Carlo 2017, semana passada, 12 meses sem vencer um torneio, não foi diferente. A história tem sido esta desde que, aos 18 anos, no primeiro grande desafio da carreira, venceu o favorito americano Andy Roddick, em uma eletrizante partida na Copa Davis de 2004.
A partir deste momento, empilhou troféus nesta superfície, sendo os mais importantes em Paris.
Em 2003 e 2004, Rafa não pode disputar Roland Garros devido a lesões. Um acaso do destino, que parecia dar chance para que outros tenistas conquistassem o torneio, antes que o espanhol dominasse a competição. Desde seu primeiro título, aos 19 anos, em 2005, Nadal perdeu apenas duas vezes no saibro francês – Soderling em 2009 e Djokovic em 2015.
Ao pisar na terra batida, em qualquer situação que esteja Rafa Nadal assombra seus adversários. Entre os altos e baixos que viveu na carreira durante 2011 e 2015, conquistou quatro vezes o título francês. Em todas as oportunidades, venceu Novak Djokovic que estava em fase exuberante neste período.
Em 2017, Nadal vem de bons resultados e demonstrando um jogo sólido. Mesmo derrotado na final do Aberto da Austrália afirmou: "Se eu fiz isso acontecer, acho que posso continuar tendo sucesso nas quadras duras, mas o saibro pode ser especial". E está sendo, foram dois títulos consecutivos e somente um set perdido na atual temporada do saibro.
Ainda há muito para acontecer antes de Paris. Teremos os torneios de Roma e de Madri, que serão uma boa chance para Murray e Djokovic retomarem seu melhor tênis. O que já sabemos é que, quando está em boa fase, Nadal e Roland Garros são uma combinação excelente para os fãs de tênis e terrível para quem estiver pela frente do espanhol. O saibro francês já começa a sorrir para o retorno de seu rei.