Depois dos três dias de draft, entre quinta-feira e sábado, a NFL começa a desenhar o seu novo panorama. O Prime Time analisa quais foram os principais beneficiados e prejudicados com as seleções.
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Vencedores
Moneyball
Paul DePodesta ficou famoso por ter o trabalho retratado no filme Moneyball, quando trabalhava no beisebol. Agora no futebol americano, comandou ao lado de Sashi Brown um acúmulo de escolhas para desenvolver talentos. A troca da segunda escolha do ano passado com o Philadelphia Eagles, que selecionou Carson Wentz, já rendeu nove seleções para o time. E ainda não parou por aí. O time fez três escolhas na primeira rodada (Myles Garrett, Jabrill Peppers e David Njoku) e ainda tem as escolhas de primeira e segunda rodadas do Houston Texans em 2018. O modelo está em um bom caminho para a reconstrução do time.
John Lynch
A primeira troca de Lynch como general manager na NFL foi incrível. Ele recebeu uma escolha de terceira e uma de quarta rodada em 2017, além de uma escolha de terceira em 2018, para descer uma posição em negócio com o Chicago Bears, que queria o quarterback Mitchell Trubisky. O San Francisco 49ers selecionou o jogador que queria, Solomon Thomas, e ainda acumulou escolhas para remontar o elenco.
Blake Bortles
Muitos esperavam que o Jacksonville Jaguars fosse desistir do seu quarterback e buscar uma nova alternativa. Mas, na prática, o time deu mais peças para ajudar o camisa 5, que entraria em seu último ano de contrato – mas teve a opção de quinto ano exercida, então fica no time até 2018. Das quatro primeiras seleções, três foram complementos para o ataque: o running back Leonard Fournette, o tackle Cam Robinson e o recebedor Dede Westbrook. Se Bortles não for bem em 2017, não poderá reclamar da falta de chances.
Brian Hoyer
O 49ers é outro time que, em tese, escolheria um quarterback no início do draft. Mas a opção ficou para 2018. O único quarterback selecionado pelo time foi C. J. Beathard, um projeto de desenvolvimento de Kyle Shanahan. Na próxima temporada, Hoyer será o titular absoluto.
Greg Manusky
Promovido a coordenador defensivo do Washington Redskins em 2017, Manusky ganhou boas opções. Jonathan Allen caiu para a 17ª seleção, e o Washington resolveu fazer a aposta no defensive tackle. O time também selecionou, para o setor defensivo, o outside linebacker Ryan Anderson, os cornerbacks Fabian Moreau e Joshua Holsey, além dos safeties Montae Nicholson e Josh Harvey-Clemons.
Draft and develop de Packers e Seahawks
Os times de Green Bay e Seattle são conhecidos por investir em suas próprias escolhas na montagem dos elencos. Para ter mais opções no grupo, os dois fizeram trocas para sair da primeira rodada e acumular seleções intermediárias. O Seahawks escolheu 11 jogadores, com foco principal nas linhas e na secundária. O Packers acrescentou 10 atletas, com prioridade para a secundária e running backs.
Perdedores
Mike Glennon, Alex Smith e Tom Savage
Glennon, Smith e Savage podem até ser titulares em 2017, mas seus times já deixaram claro que não são o futuro das franquias. Glennon assinou por três anos com o Chicago Bears, mas será reserva de Mitchell Trubisky em breve se tudo correr como o previsto em Chicago. Smith tem um contrato pesado para 2018 e deve ser cortado ou trocado para dar lugar a Patrick Mahomes no Chiefs. Savage, que finalmente teria sua chance como titular em Houston, pode perder a posição imediatamente para Deshaun Watson.
Torcedor do Giants
O New York Giants tinha a 23ª escolha. Até a 19ª, sonhava com O. J. Howard. Acordou com Evan Engram, uma escolha totalmente inesperada – sobretudo quando David Njoku ainda estava disponível. A escolha foi estranha, mas é mais uma opção para o já forte ataque aéreo, que tem Odell Beckham Jr., Brandon Marshall e Sterling Shepard. O problema é que, para um tight end, Engram deixa a desejar nos bloqueios.
Jogadores de linha ofensiva
A turma de linha ofensiva foi uma das piores em muito tempo. Só Garett Bolles saiu entre os 30 primeiros, e o Denver Broncos ainda foi criticado por fazê-lo. Quem aproveitou foi o Los Angeles Chargers, que selecionou dois guards nas rodadas dois e três: Forrest Lamp e Dan Feeney.
Dalvin Cook e Joe Mixon
Ser um bom jogador não basta na NFL. Ou pelo menos ter um histórico pessoal ruim atrapalha a caminhada. Por isso, dois corredores com talento de primeira rodada caíram para a segunda por problemas extracampo. Dalvin Cook foi para o Minnesota Vikings, enquanto Joe Mixon acabou no Cincinnati Bengals. Eles terão a chance de reconstruir a carreira, mas perderam um bom dinheiro no contrato de calouro.
Draft do Texans em 2018
O time de Houston até fez boas seleções em 2017, como o quarterback Deshaun Watson, o linebacker Zach Cunningham e o running back D'Onta Foreman. Mas precisará ser forte com o que tem. Em 2018, as duas primeiras escolhas acabaram negociadas com o Cleveland Browns.
Emprego de John Fox
O técnico do Chicago Bears nem foi consultado sobre a troca que o time fez para subir e selecionar o quarterback Mitchell Trubisky. Agora, além de não ter apoio do general manager Ryan Pace, o veterano treinador terá a pressão de precisar dar resultado com o novo QB.
*ZHESPORTES