O Manchester United se sagrou campeão da Liga Europa, nesta quarta-feira, ao derrotar por 2 a 0 o Ajax, na final disputada em Estocolmo, na Suécia.
O United dedicou a conquista às vítimas do recente ataque terrorista em Manchester, ocorrido na saída de um show da cantora pop americana Ariana Grande e que marcou os últimos dias de preparação para a final. O jogo foi decidido com gols do francês Paul Pogba, aos 18 minutos de jogo, e do armênio Henrikh Mkhiaryan, aos 3 do segundo tempo.
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O United, que terminou a recém-encerrada temporada da Liga Inglesa na 6ª colocação, fora da zona de classificação para a Liga dos Campeões, consegue assim uma vaga na maior competição de clubes do mundo.
Com a vitória, o clube conquista o único troféu que nunca havia erguido em sua história e se une ao grupo de times ingleses sagrados campeões da segunda mais importante competição europeia: Tottenham (1972 e 1984), Liverpool (1973, 1976 e 2001), Ipswich Town (1981) e Chelsea (2013).
O time de José Mourinho acabou com a impressionante hegemonia espanhola em competições europeias que perdurava desde 2014, com o Sevilla se sagrando tricampeão da Liga Europa (2014, 2015, 2016), enquanto Real Madrid (2014, 2016) e Barcelona (2015) dominaram a Liga dos Campeões.
Apesar dos diversos desfalques, como do atacante sueco Zlatan Ibrahimovic e dos defensores Luke Shaw e Eric Bailly, o United, liderado por Pogba, mostrou ser uma equipe mais completa e madura desde o início do jogo e criou melhores chances de abrir o placar.
O meia francês, que já havia assustado o gol de Onana com dois minutos de jogo num chute de fora da área, tentou a sorte novamente aos 18 e, desta vez, deu certo.
O chute rasteiro acabou encontrando desvio nas pernas do zagueiro colombiano Davinson Sánchez e pegando o goleiro camaronês no contrapé, antes de morrer no fundo das redes holandesas.
A abertura do placar era tudo que José Mourinho queria. Com a vantagem, sua equipe, famosa pela forte marcação no meio de campo, poderia esperar um erro do jovem time do Ajax, com média de idade de 22 anos, para partir no contra-ataque e selar o jogo.
A estratégia deu certo. O Ajax foi com ímpeto ao ataque, sempre apostando na velocidade dos atacantes Traoré e e Younes e na pontaria de Dolberg, mas encontrava dificuldade para finalizar ao gol de Romero.
Enquanto isso, o United tentava acionar Rashford com lançamentos longos, mas o jovem jogador inglês, muito isolado, desperdiçava os duelos que teve com os zagueiro do do Ajax.
Para piorar a já delicada situação do Ajax, qualquer conversa ou ajuste no intervalo foi por água abaixo logo aos 3 minutos da segunda etapa, quando o United ampliou a vantagem.
No lance, um escanteio cobrado por Juan Mata, Smalling apareceu para desviar e Mkhitaryan pegou de puxeta, marcando o segundo gol dos Diabos Vermelhos.
Perdendo por dois gols, a imaturidade do jovem time holandês começou a se fazer perceber. Desesperados, os comandados de Peter Bosz abusavam das jogadas individuais e centralizavam demais o ataque, esbarrando a cada tentativa na muralha armada por Mourinho.
Com isso, o goleiro Sergio Romero se tornou apenas um expectador da partida e fez apenas uma defesa no segundo tempo, num chute de Van de Beek que o argentino segurou sem dificuldades, aos 40.
Com o título definido, José Mourinho encontrou tempo para homenagear o maior artilheiro da história do Manchester United, o atacante Wayne Rooney, que, possivelmente em sua última partida com o clube, entrou em campo nos acréscimos para receber a faixa de capitão das mãos de Valencia, os aplausos de sua torcida e o troféu de campeão da Liga Europa.
* AFP