A preparação do Brasil-Pel para a Série B deste ano foi cercada por muita expectativa. E essa expectativa é dupla: para repetir a boa campanha realizada no nacional de 2016, mas, principalmente, para não repetir os erros da fraca campanha do Gauchão, no qual lutou contra o rebaixamento até a última rodada.
Para isso, o presidente Ricardo Fonseca manteve o técnico Rogério Zimmermann no cargo. No comando do clube desde o meio de 2012, o técnico é "essencial" no planejamento do clube, segundo o dirigente. Porém, logo após o término do Gauchão, Fonseca deixou claro que alguns pontos iriam mudar no planejamento do clube. Mesmo não deixando totalmente explícito, as alterações se deram no departamento futebol. Armando Desessards, antes gerente-geral, foi remanejado e agora é o diretor-executivo de futebol, e tem participado ativamente das contratações.
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Era necessário agregar qualidade ao plantel de Zimmermann por duas questões óbvias: a Série B promete ser uma das mais difíceis dos últimos anos, pelo alto investimento feito pela maioria das equipes e também pelo que o Gauchão mostrou: aquele grupo era insuficiente para esta competição. Para isso, reforços chegaram e já se integraram ao plantel rubro-negro: o goleiro Marcelo Pitol, o lateral-esquerdo Breno, o volante Itaqui, os meias Rafinha e Wagner e o atacante Elias. Além desses, o zagueiro Jean, que disputou o Gauchão pelo Caxias, e o atacante Lincom, com passagem pelo Corinthians e por último no São Caetano, estão acertados e chegam na semana que vem. Wagner, aliás, já envolveu-se em polêmica: com a Baixada em obras, o Brasil ainda corre para ter a liberação de sua casa, que precisa ter capacidade de 10 mil lugares. E, ontem, quando os Bombeiros chegavam para vistoria, ele postou foto polêmica que custou uma nota oficial do clube e um pedido de desculpas do próprio atleta em seu perfil no Facebook.
Com todos estes acréscimos, a melhora técnica no plantel é inegável. Ainda assim, mais um volante ainda deve ser contratado para a primeira "leva" de reforços do Xavante. Resta agora a Zimmermann integrar os novatos com os remanescentes e fazer o Brasil ter a cara de time que teve em 2016, que por muitas rodadas rondou, e até mesmo esteve, no G-4 da competição.