Tenho ouvido da direção do Inter, e de muitos analistas, que o motivo de o clube não ter sido campeão gaúcho – vencendo somente seis partidas em 18 disputadas –, ter beirado a zona de rebaixamento e não ter Libertadores e nem Primeira Divisão para disputar, é simplesmente a reconstrução que precisa ser realizada para alcançar os resultados desejados.
De certa forma, como escrevi ontem, reconheço que seria necessária a reconstrução de um elenco e de um time, como tem sido alegado. Claro que, se o Inter tivesse derrotado o Novo Hamburgo, as manifestações seriam outras, e com justo motivo. Mas a realidade é que perdeu nos pênaltis, como havia vencido o Caxias nestas condições.
O que me chama a atenção é a duração do período que deve durar essa reconstrução. Afinal, após a queda para a Segunda Divisão, já se passaram quase cinco meses. Vejam o exemplo da dolorosa tragédia definitiva que se abateu sobre a Chapecoense. Perdeu todos os jogadores e foi campeã catarinense, repetindo o que escrevi ontem. E sem ser superior em todos os requisitos técnicos e financeiros, como é o Inter no Gauchão.
Quais as diferenças dessa forma de recuperação? Foi somente a competência dos dirigentes do time catarinense?
Efeito externo
Penso que as manifestações coloradas são para efeito externo, pois não creio que, racionalmente e em caráter interno, a resposta seja assim tão simplória, tão simplista. Pelo que tem demonstrado, a direção colorada está ciente do que realmente ocorre com sua equipe e deve estar trabalhando para superar eventuais dificuldades, porque a Segundona está batendo na porta. E reforços ainda estão chegando.