Um dos setores no time do Caxias que dificilmente será alterado para o clássico Ca-Ju decisivo no próximo domingo, às 11h, no Estádio Centenário, pelo Gauchão, é a zaga. Edson Borges e Jean não dão brechas. Nos 12 jogos, eles só não atuaram juntos na última rodada da primeira fase, quando Borjão foi poupado.
Com tantas partidas, um ponto chama muita atenção: nenhum dos dois levou cartão até aqui. Aliado a isso, a defesa é uma das menos vazadas, sofrendo apenas nove gols. No ataque, a dupla já colaborou com três. Mas a característica principal de ambos é a liderança. A dupla passa o jogo falando e orientando os demais companheiros. Por isso, os dois se intitulam com um adjetivo que poderia parecer ruim, mas está longe disso.
– A gente até brinca que os três, eu, Jean e o Pitol (Marcelo, goleiro), somos os chatos do time. Alguns jogadores gostam e têm os que não gostam, só que a gente sabe que é assim. A comunicação está sendo bem importante – destaca o capitão Edson Borges.
Jean complementa com mais uma característica bem específica da defesa:
– Um é mais ranzinza que o outro. A gente fica brigando entre nós, chamando os outros, mas é para o bem do grupo e para crescermos juntos.
Essa comunicação surte efeitos. Nos dois clássicos Ca-Ju com vitórias grenás, o Caxias não cedeu espaços ao rival. Mesmo que o segundo jogo das quartas de final seja no Centenário e o Caxias deva buscar mais o ataque, os zagueiros esperam que a marcação siga como o ponto forte. Tudo para conseguir cO objetivo é bem claro: chegar na semifinal.