O Novo Hamburgo passou e o Caxias parou nos pênaltis. Mas os dois times do interior jogaram mais que Grêmio e Inter, seus respectivos adversários na fase semifinal. O Inter só conseguiu ser superior (e nesse caso, bem superior) ao Caxias no primeiro tempo do jogo do Beira-Rio. Ali fez 1 a 0 e até poderia ter ampliado.
O Caxias voltou melhor para o segundo tempo e reequilibrou o confronto. No jogo do Centenário, o time de Luís Carlos Winck se impôs diante de um Inter apático. Se impôs e aproveitou para abrir o marcador. A reação do Inter, no segundo tempo, durou até a expulsão de Brenner e o Caxias, ao não converter o pênalti, jogou fora a classificação .Depois,com um jogador a menos, o Inter arriscou menos e tratou de segurar o resultado e levar a decisão para os pênaltis.
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Já o Novo Hamburgo foi mais feliz nos pênaltis e chega à final. Beto Campos se consagra como o melhor técnico do Gauchão e mostrou muita competência em mapear e anular as principais jogadas do Grêmio. Surpreendeu no jogo da Arena com uma marcação forte e um futebol competitivo que quase rendeu a vitória não fosse a bola no poste chutada por Jardel aos 35 do segundo tempo. Ontem, no Estádio do Vale, o Nóia repetiu a mesma estratégia e o Grêmio não conseguiu jogar, nem pressionar.
Num jogo que estava equilibrado, o Grêmio saiu na frente numa falha da zaga do Novo Hamburgo, mas o time do Vale teve calma e competência para buscar o empate. E mais calma ainda na hora dos pênaltis.
Pela história e pela grandeza, o Inter pode ser considerado favorito na final. Mas pela bola que os dois estão jogando, o Novo Hamburgo chega melhor. O resultado do primeiro jogo, no Beira-Rio, será determinante para a definição do campeonato. Se quiser chegar ao hepta, o Inter precisará render mais, porque o Novo Hamburgo está disposto a fazer história e mostrar que a melhor campanha ao longo de todo Gauchão não é obra do acaso.