A carioca Rafaela Silva e o baiano Isaquias Queiroz venceram nesta quarta-feira a eleição de melhores atletas do ano passado, durante a cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico, promovido pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), no Rio de Janeiro. Foi o segundo triunfo dele no evento. A judoca celebrou um feito inédito.
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– Gostaria que meu prêmio e minha medalha inspirassem mais meninas, jovens e mulheres. Quando eu era favorita, saí sem medalha. Desacreditada, saí com a medalha. Por isso, acreditem – disse Rafaela, em mensagem gravada.
Medalhista de ouro na categoria até 57kg na capital fluminense, Rafaela deixou para trás concorrentes já consagradas. As veleadoras Martine Grael e Kahena Kunze, ouro na classe 49erFX, e a nadadora Poliana Okimoto, prata nos 10km, haviam levado a melhor na disputa em 2014 e 2013, respectivamente.
Vencedor do prêmio do COB em 2015 e maior medalhista do Brasil em uma edição dos Jogos, com três láureas (duas pratas e um bronze) no Rio, Isaquias enfrentou concorrência pesada. Ouro no salto com vara em uma noite histórica no Engenhão, quando ignorou o favoritismo do francês Renaud Lavillenie, com direito a recorde mundial de 6,03m, e reunia motivos de sobra para levar o prêmio. O outro na briga era ninguém menos que o líbero bicampeão olímpico Serginho.
– Estou tremendo, muito emocionado. Estou mais feliz este ano do que pelo prêmio de 2015, porque agora tenho as medalhas – disse Isaquias, emocionado.
A escolha dos melhores atletas em cada modalidade, assim como dos ganhadores do Troféu de Melhor Atleta do Ano, foi realizada por um júri formado por jornalistas, dirigentes, ex-atletas e personalidades do esporte.
A noite foi marcada ainda por uma homenagem às atletas do revezamento 4x100m do Brasil em Pequim-2008. Lucimar de Moura, Rosemar Coelho, Thaíssa Presti e Rosângela Santos herdaram a medalha de bronze este ano, já que a Rússia, primeira colocada na época, foi desclassificada por do doping de Yulia Chermoshanskaya. A Bélgica ficou com o ouro, e a Nigéria, com a prata.
Entre os técnicos, melhor para Jesús Morlan nos esportes individuais. O profissional, que em novembro passou por uma cirurgia para extrair um tumor na base do cérebro e ainda luta contra a doença, comandou Isaquias na conquista dos três pódios nos Jogos. Ele não esteve presente na cerimônia. Nos coletivos, Rogério Micale, comandante da conquista olímpica do futebol masculino, foi o mais votado.
Ex-treinador da Seleção Brasileira masculina de vôlei, Bernardinho ganhou o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, homenagem a atletas e ex-atletas que representam os valores que marcaram a carreira e a vida do bicampeão olímpico no salto triplo.
Rafaela ainda faturou o troféu de Atleta da Torcida, por votação popular.
*LANCEPRESS