A diretoria do Fluminense celebrou a decisão tomada nesta sexta-feira pelo desembargador Clóvis Farias Matos, que derrubou a liminar que determinava clássicos no Rio de Janeiro com apenas uma torcida. Abel Braga não fugiu do assunto durante coletiva e levantou vários questionamentos sobre a final da Taça Guanabara. O adversário será o Flamengo, domingo, no Nilton Santos.
– Seria diferente (atuar com apenas uma torcida). Mas a liminar que foi derrubada eu não sou contra. É um ato educativo, só não compactuo com o estádio de portões fechados. Quando sai confusão fora do estádio todos os canais ficam em cima disso. Tem torcedor do Fluminense (Pedro Scudieri) internado até hoje, o do Botafogo morreu (Diego Silva) – disse, antes de completar:
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– Eu acho que tinha que continuar (torcida única), mas é maravilhoso ter as duas torcidas. É o espetáculo completo. A torcida rival quando te vaia é um incentivo também.São tantos problemas (de violência), que não tem como ficar contra. Temos que aprender a respeitar todos – comentou o treinador do Flu.
A discussão sobre a presença das torcidas de Flamengo e Fluminense na final da Taça Guanabara tomou conta da semana que antecedeu o clássico carioca. Abel Braga soube da determinação das duas torcidas no Nilton Santos durante o treino no CT Pedro Antonio e lamentou o momento do futebol carioca.
– Já se falou muito disso e pouco da partida. Pouco foi falado dos times, dos atletas, os personagens do jogo. Que bom que foi resolvido. Vamos pensar no jogo agora – comentou Abel Braga, antes de questionar a escolha do estádio:
– Como que pode não ser no Maracanã, e o Flamengo vai jogar lá na quarta (pela Libertadores contra o San Lorenzo)? Quem não deixou? Pode me dizer? É estranho. O Fluminense está ficando parceiro de muita gente – finalizou.