O atacante argentino Lucas Pratto foi apresentado pelo São Paulo nesta segunda-feira. Maior contratação do clube para a temporada, o jogador de 28 anos explicou por que aceitou deixar o Atlético-MG, no qual era ídolo, para aceitar um novo projeto. O novo camisa 14, número herdado de David Neres, foi só elogio ao time paulista e destacou o carinho que recebeu logo de cara.
– Claro que o Atlético-MG é um grande clube, mas a proposta do São Paulo também foi de grande magnitude para mim. Um grande clube, dos maiores do Brasil, da América. Que não disputa a Libertadores, mas disputa Sul-Americana, o Brasileiro, que são muito importantes – afirmou o argentino, logo após receber a camisa 14 das mãos do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva.
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O centroavante assinou contrato de quatro anos com o São Paulo, que comprou 50% de seus direitos econômicos e pode adquirir mais 45% ao longo dos anos, caso o atacante atinja metas pelo clube. Mas o argentino destacou que seu principal projeto é conquistar títulos. E, novamente, destacou a grandeza do clube, além de citar o técnico Rogério Ceni.
– O projeto é ganhar títulos e com o São Paulo. Com um dos maiores times do Brasil e da América. Só pelo nome do time, você já gosta da ideia. Tem coisas pessoais entre mim e o clube. E o projeto do clube, o treinador que vocês já conhecem, que me agrada muito o estilo dele de jogar. Essas coisas me fizeram aceitar a proposta – disse.
Um dos objetivos do argentino é se manter em alto nível para disputar a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Ele tem sido convocado pelo técnico Edgardo Bauza, com quem conversou antes de aceitar a proposta do São Paulo. Bauza comandou o time paulista no ano passado e levou o time à semifinal da Libertadores.
– Claro que o Patón (apelido de Bauza) e sua comissão técnica me falaram do clube, me ajudaram. Eu sempre pergunto sobre os clubes que vou. E minha decisão passou por isso – declarou.
Apesar de já estar treinando e ter atuado em duas partidas pelo Atlético-MG este ano, Pratto não poderá entrar em campo na quarta no clássico contra o Santos, na Vila Belmiro. Sua documentação não será regularizada a tempo, algo que ele lamentou. A estreia deve ser no próximo sábado, contra São Bento, no Morumbi. E a diretoria espera novamente um grande público, como foi contra a Ponte no último domingo, em que mais de 50 mil pessoas assistiram à estreia de Ceni.
– Os procedimentos não serão feito antes de quarta-feira, de tão sorte que para quarta não contem com ele. Quem sabe para o próximo fim de semana. Podemos assim, tomara, alcançar um número significativo de torcedores tanto quanto ontem – afirmou o presidente Leco.
Confira abaixo os principais trechos da entrevista coletiva de Lucas Pratto:
A grande procura do São Paulo por um 9 coloca mais pressão?
Não. O ataque do São Paulo não está mal. Eu chego para ajudar. Tanto Chavez quanto Gilberto vão ajudar, e vamos tentar fazer os gols que precisa. A pressão sempre é por ser atacante e jogar num clube grande. A pressão é boa para a gente saber que temos de fazer as coisas bem.
Pode jogar quarta?
Difícil jogar quarta pela documentação. Eu já tinha jogado dois jogos e quinta iria jogar também. Fisicamente estou 100%. Não falei com Rogério Ceni sobre quarta-feira, porque ele está sabendo que não pode contar comigo. Minha cabeça essa semana é me preparar bem para me entrosar com meus companheiros e ter ritmo para jogar o mais rápido possível.
Quais os planos para o contrato de quatro anos?
Fiz um contrato de quatro anos para jogar quatro anos. Mas o mais importante é fazer já este ano as coisas bem para que o São Paulo fique contente comigo. Conseguir coisas importantes para o clube.
Quais as primeiras impressões do clube?
O treinador novo, meus companheiros, me receberam bem demais. Eles me fizeram sentir como se já estivesse há bastante tempo no clube. Depois, com 50 mil pessoas, tanto eu quanto Jucilei ficamos surpresos pelo carinho que mostraram para nós. E o clube, tanto a diretoria, todos, mostraram um carinho muito especial. Isso deixou tudo mais fácil. Se já estava feliz, agora me deixou mais. Como jogador, você às vezes acha que só querem o que você faz dentro de campo, mas sempre valorizo muito o que faço fora, e minha saída do Atlético-MG também foi difícil por isso.
Falou com Gilberto depois do jogo contra a Ponte?
Ontem entrei no vestiário, parabenizei todo mundo pelo jogo, obviamente também a Gilberto pelos gols. Espero que o Rogério tenha muita dor de cabeça, com os três. O mais importante é que todo mundo esteja 100%. Primeiro que é bom para o time, depois pela confiança.
Quais suas inspirações no futebol?
Sempre me inspirei em Ronaldo Fenômeno e Henry. Como jogador, e depois como referências, meu irmão, e Martin Palermo, que me ensinou muito bem como pessoa, como tratar.
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