O Estádio Centenário é praticamente a segunda casa do zagueiro Jean. Como ele mesmo ressalta, se criou dentro do Caxias. E como em toda casa, por ali ele já viveu bons momentos e também aqueles pesadelos mais sombrios.
– Cheguei aqui em 2001 no infantil. Depois voltei, já no profissional, em 2011. Joguei cinco anos e fui campeão da Taça Piratini, vice-campeão gaúcho (em 2012, na final contra o Inter), da Copa Pantanal, tem que contar todos (risos). Mas aí acabou acontecendo o que ninguém queria. Todos sabem que não foi só os jogadores, mas um conjunto de coisas que não foram normais no clube e acabaram levando aos descensos – conta Jean.
E essa retomada teve mais um passo dado no domingo. O gol, primeiro na goleada por 3 a 0 sobre o São Paulo-RG, era o que faltava para reconquistar a confiança do torcedor. As boas atuações no Campeonato Gaúcho deste ano, principalmente contra a dupla Gre-Nal, já haviam reduzido um pouco a contestação. Faltava o algo a mais. E ele veio. Na comemoração, uma demonstração de amor ao clube com o beijo no símbolo grená.
– Foi aqui onde me criei. Tinha muita gente me contestando e falando mal. Tenho um respeito muito grande pelo clube. Não foi desabafo, foi para mostrar que eu amo mesmo esse clube – afirma o jogador.
Do segundo semestre de 2011 até hoje, Jean ficou longe do Centenário apenas no primeiro semestre do ano passado, quando se transferiu para o Operário-PR. Regressou ao Caxias abdicando de salários que ficaram pendentes de 2015. Agora, quer deixar tudo para trás e voltar a viver os bons momentos dentro de casa.
– Espero só coisas boas. A volta por cima está começando e espero fazer bons jogos nesta temporada – encerra.