Aos 22 anos, Agustín Allione procura no Bahia o sucesso que prometia desde os tempos de Vélez Sarsfield. Contratado pelo Palmeiras em 2014, deixou o Vélez aos 19 anos como uma das grandes promessas do futebol argentino. Havia participado do Sul-Americano e do Mundial Sub-17 e do Sul-Americano Sub-20 e deixado boa impressão. As lesões e a falta de sequência em São Paulo impediram que tivesse a ascensão esperada. Agora, no calor de Salvador, ele busca minutos para jogar e, depois de três anos, finalmente a afirmação.
Por e-mail, o argentino respondeu às perguntas enviadas por ZH. Confira.
O que o motivou a aceitar a oferta do Bahia?
Allione – Eu recebi muitas ofertas boas, tanto do Brasil quanto de fora, mas sentei com o meu empresário e gostamos muito do projeto apresentado pela diretoria. O Bahia é um clube muito grande, está de volta à primeira divisão e montou um elenco forte para brigar por títulos.
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Qual o estágio do trabalho atual no novo clube?
Allione – Estamos em um início de temporada e todo começo é mais difícil. O Bahia já tem uma base montada do ano passado e isso facilita, mas ainda iremos evoluir muito ao longo do ano.
Como você imagina que será essa temporada e como planeja que essa troca do Palmeiras pelo Bahia irá alavancar sua carreira?
Allione – Tanto o Bahia como o Palmeiras são grandes clubes. Infelizmente, no Palmeiras eu não vinha tendo uma sequência de jogos. Resolvi sair para conseguir atuar mais vezes. Eu sempre respeito todos os meus companheiros e treinadores, mas sou um jogador jovem e o meu principal objetivo neste ano é jogar com mais frequência.
O Bahia é um time de massa, de uma torcida apaixonada. Como tem sido o contato com os tricolores nessas primeiras semanas?
Allione – Desde o meu primeiro dia aqui, desde a minha apresentação, tudo tem sido muito bom. Sempre me falaram que o povo baiano era simpático, que a torcida do Bahia era apaixonada, e pude ver que é isso mesmo. Estou muito feliz com todo esse carinho.
Você já conhecia Salvador? O que tem achado da cidade? Conheceu algum dos pontos famosos da cidade?
Allione – Cheguei há pouco tempo e ainda não deu para conhecer muitas coisas, até porque a nossa rotina de treinos é dura, mas já deu para ver que é uma cidade muito bonita. Estou muito contente e já me sinto em casa.
A culinária baiana é especial, uma das mais saborosas do país e à base de peixes. Como é para um argentino, acostumado com alimentação à base de carnes, tem se adaptado?
Allione – A comida é um pouco diferente, mais apimentada, mas aos poucos eu vou me acostumando. Já comi fora algumas vezes e gostei bastante.
Deu tempo de ir à praia?
Allione – Já deu para passear um pouco, mas não como eu gostaria. Em primeiro lugar é o trabalho, depois o lazer. Ainda terei tempo para conhecer os lugares legais.
O calor tem sido um obstáculo na adaptação? Consegue tomar o mate argentino no verão baiano?
Allione – Dá para tomar, sim. O mate não pode faltar, né?
Ao contrário do paulista e até do portenho, o baiano é um povo afetuoso Percebeu isso já?
Allione – O povo baiano é muito simpático e me recebeu muito bem. Estou bem feliz aqui e tenho certeza de que será um ano maravilhoso.
O Vitória também se destacou na janela de contratações e montou uma equipe forte. Como imagina que serão o Baiano e os Ba-Vis pela Série A em 2017?
Allione – O Vitória é o nosso principal rival e se reforçou bem, assim como nós. Quem ganha com isso é o futebol baiano. Todo mundo diz que é muito lindo jogar o clássico e não vejo a hora de disputar um Ba-Vi com o estádio lotado. Vamos enfrentá-los tanto no Baiano quanto no Brasileirão, e espero que a gente vença todos os jogos.