A ampliação do número de participantes na Copa do Mundo, de 32 para 48 seleções a partir de 2026, permitirá um torneio "mais competitivo", afirmou o técnico de Portugal, Fernando Santos.
– É preciso evitar ser muito dramático. Se essa ampliação implicasse aumento do número de partidas, as coisas seriam mais complicadas. Mas não é o caso, sou claramente a favor – declarou o técnico português de 62 anos.
– Isso pode inclusive fazer com o que o torneio seja mais competitivo, já que os grupos passam de quatro para três equipes e se entrará logo nos jogos de mata-mata – continuou Santos, em coletiva de imprensa na sede da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), perto de Lisboa.
A Fifa aprovou na terça-feira a mudança para 48 equipes para a Copa do Mundo de 2026, com uma primeira fase de 16 grupos e 3 equipes. Os dois primeiros colocados avançarão à primeira fase de mata-mata.
– Algumas pessoas poderiam continuar dizendo que uma ampliação não traz mais qualidade, mas o fato é que essas competições, principalmente a Copa, geralmente ficam marcadas pela ausência de boas equipes – completou o técnico, campeão com Portugal da Eurocopa-2016, disputada pela primeira vez com 24 equipes, em vez das 16 equipes anteriores.
Segundo Santos, a Eurocopa de 2016 mostrou as vantagens de contar com mais participantes, citando como exemplo os grandes resultados obtidos por países estreantes na competição, como a Islândia (quartas de final) e País de Gales (semifinais).
Dando oportunidades a países pequenos, "os governos e as federações investem mais e isso trará coisas boas ao futebol", concluiu Santos, técnico da Grécia na Euro-2012 e na Copa do Mundo-2014.