Marlon Moraes dominou a divisão dos galos do WSOF, um dos maiores eventos de MMA do mundo. Por isso, está disposto a dar mais um passo na carreira. O brasileiro negocia com o UFC e está disposto a enfrentar os melhores da categoria. Enquanto negocia, protagonizou um seminário social na Estação Livre, em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.
Em conversa com Zero Hora, Marlon falou sobre as negociações com o UFC, o desejo em enfrentar Jimmie Rivera e a ação social no Rio.
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Como está a negociação com o UFC?
Estamos conversando com eles para ter um desfecho bom para ambos os lados. Eu quero lutar pelo UFC, já deixei bem claro isso. Escrevi uma história muito legal no WSOF, bati todos os adversários que eles me deram. Sou muito grato ao evento, mas acredito que chegou a hora de encarar os desafios que o UFC tem para mim.
Você tem algum adversário em vista para enfrentar?
Meu empresário acredita que enfrentar o Jimmie Rivera no dia 8 de abril é um excelente cenário, e eu concordo com ele. O Rivera é um cara duríssimo, vive um excelente momento no UFC, está embalado, assim como eu. Hoje é o sexto do ranking da categoria, então é uma luta que eu gosto. Mas enfrento quem o UFC quiser. Estou pronto para isso.
Tem propostas de outros eventos ou do próprio WSOF para o caso de não acertar a ida para o UFC?
Sim, recebi propostas de outros eventos. Uns da Ásia, da Europa. Vamos ver o que acontece. Acredito que até o fim do mês teremos uma decisão oficial.
Como foi o seu seminário social no Rio de Janeiro?
Foi a realização de um sonho. Eu sabia que era querido pela cidade de Nova Friburgo, mas não imaginava que era tão querido. Centenas de pessoas de diferentes faixas etárias, crianças, jovens, senhores, senhoras, todos foram lá para me prestigiar. Agradeço a presença de cada um deles. Arrecadamos 200 quilos de alimentos não perecíveis para o asilo LAJE (Lar Abrigo Amor a Jesus) e mais um depósito de R$ 1 mil. Ajudamos quem precisa, e isso é uma sensação maravilhosa. Como disse, foi um sonho realizado no último sábado.
Como você acredita que o MMA pode ajudar pessoas que tiveram uma infância complicada?
Com toda certeza. O esporte é maneira mais fácil e barata de educar. Eu moldei minha vida com todos os ensinamentos que tive em casa e nas artes marciais. Disciplina, dedicação, respeito, tudo. No evento do último sábado, pude compartilhar minha história para todos os presentes, e espero que isso inspire a todos. Crianças que sonham em ser lutadores, mas também crianças que sonham em ser médicos, engenheiros, empresários, o que for. Independentemente do segmento, eles aprenderam que precisam de disciplina e dedicação para realizar seus sonhos, e isso as artes marciais ensinam. O jovem pode até não se tornar um lutador profissional mas, treinando e aprendendo o que as artes marciais têm para ensinar, ele será uma pessoa do bem, e isso é o mais importante.
*ZHESPORTES