A cada dia que passa, o otimismo é maior no Couto Pereira. Após o contato inicial e avanços recentes, o Coritiba busca fechar com Ronaldinho Gaúcho ainda nesta semana. Para isso, a diretoria se reúne nesta segunda-feira para formalizar uma nova oferta e convencer o craque a vestir a camisa do clube paranaense.
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Desde a primeira reunião, na terça-feira passada, no Rio de Janeiro, o Coxa vem avançando nas tratativas com o empresário e irmão do atleta, Assis. Mais que isso, todo o cenário ao redor vem sendo positivo para o lado alviverde.
Nos bastidores, por exemplo, R10 já tem reservada uma mansão, avaliada em R$ 10 milhões e 1400 metros quadrados, em Pinhais, caso o negócio se concretize, conforme revelou o Uol. O local é próximo do CT do Atuba, onde acontece os treinos diários e ainda é perto da casa do diretor de relações internacionais, Juliano Belletti, que ficaria responsável para garantir o comprometimento dele.
O Nacional-URU, que aparecia como principal concorrente, praticamente descartou a contratação do "Bruxo" pela questão financeira neste final de semana. Publicamente. A direção do time uruguaio alegou que, sem o apoio de empresas, não é possível trazer o craque.
E é justamente esse aspecto que R10 ainda não é unânime dentro da diretoria coxa-branca. Parte do G-5, que se reúne nesta segunda-feira, tem receio com o desempenho do jogador em campo e, principalmente, se preocupa com o gasto para fechar a contratação. Em outros clubes brasileiros, como Flamengo, Atlético-MG e Fluminense, o meio-campista teve que entrar na Justiça para receber tudo que foi prometido - mesmo com retorno nas quatro linhas no Mengo e Galo, principalmente no time mineiro, a conta ainda não fechou.
Precavido, essa ala da direção do clube paranaense acredita que tudo precisa estar muito alinhado para não ter brechas e problemas futuros para os cofres do Coritiba. Por outro lado, a parte que cuida do negócio espera acertar com Ronaldinho Gaúcho o quanto antes, diferente da ideia inicial de não ter tanta pressa.
O Coxa pretende dar um salário mensal de R$ 300 mil, ainda oferecendo participações nas vendas de camisas, aumento no número de sócios e na média de público, ganhando com bilheteria. Placas no estádio que vierem por causa do meia também terão um percentual repassado. Por outro lado, não existe nenhum plano sendo elaborado pelos departamentos de comunicação e marketing até agora.
Assis ainda quer outros ganhos, como número de jogos, assistências, gols, títulos e classificações para competições. O próprio Verdão, em alguns casos, já faz isso com atletas do meio para frente, que cheguem "desacreditados" ou sendo apostas com sucesso no passado. A famosa contratação de risco. O pedido é considerado normal, mas é preciso negociar valores.
Para tudo dar certo financeiramente, o presidente Rogério Bacellar e Belletti estão procurando, desde a semana passada, empresas e empresários que topem entrar no projeto para viabilizar a transação. Neste final de semana, inclusive, o trabalho foi intenso e existe uma forte expectativa de que algo concreto seja apresentado na reunião da diretoria.
- Meu trabalho no @Coritiba tem sido gerar novos negócios. No Brasil e no mundo. Com empresas e clubes. Começamos bem! - afirmou Belletti, no Twitter, gerando ainda mais empolgação dos torcedores.
Dependendo do rumo do encontro do G-5, o Coxa pode encontrar com Assis na terça-feira para mostrar a contraproposta detalhada e deixar o acordo próximo de ser fechado. Por casos anteriores, envolvendo Assis e Ronaldinho Gaúcho, e até com o próprio clube paranaense em outras ocasiões, o Coritiba sabe que só pode comemorar quando tiver a assinatura do contrato.
A cautela, entretanto, tem sido cada vez mais difícil de ser vista no Couto Pereira. E é esse perigo que ainda deixa a direção dividida internamente.
*Lancepress