Fui buscar informações sobre alguns detalhes da transação de Walace para o Hamburgo. Pelo que fiquei sabendo, o Grêmio foi tão surpreendido como nós torcedores com a rapidez e o desfecho do negócio. Tão somente na sexta-feira à noite chegou ao conhecimento da direção tricolor, como um prato feito, a possibilidade do negócio.
A direção tricolor não quis se manifestar sobre os detalhes que envolveram a transação, rápida como nunca se viu anteriormente. Ouso em afirmar, por minha conta e risco, que o jogador foi extorquido do clube, mediante irreversível chantagem. Quem conhece a seriedade e a cautela com que o presidente Romildo e o vice de futebol Odorico Roman tratam os assuntos financeiros do Grêmio não vai acreditar que uma transação deste porte seja consumada em 24 horas.
Os dirigentes, na minha ótica, sofreram algum tipo de extorsão, e o termo é exatamente esse, para concordarem tão rapidamente.
As circunstâncias que devem ter envolvido a negociação, e isso é apenas opinião de minha parte, pela experiência que tive como dirigente, me fazem pensar que o Grêmio se desfez desse jogador contrariado, pelo valor negociado.
Ética e a seriedade
Esse episódio, mais uma vez, mancha a ética e a seriedade do futebol profissional. Assim, estou atenuando a decisão da direção do clube, e gostaria muito que os detalhes viessem a público, para que todos os segmentos esportivos soubessem quem é quem.
*Diário Gaúcho