Depois de afirmarem que não tinham condições emocionais de disputar a última rodada do Brasileirão, os jogadores do Inter voltaram a se manifestar sobre um possível cancelamento das partidas pelo campeonato. Liderando o pronunciamento, Alex esclareceu que o grupo aceitaria ser rebaixado — ideia contestada por Vitorio Piffero na quinta, quando afirmou que o torneio "ficaria em aberto".
— A diretoria não nos obrigou (a falar). Isso não aconteceu. Surgiu uma dúvida se o Inter aceitaria ser rebaixado. Eu coloquei que era independente de tabela. Eu achei que tinha ficado claro. Porque, naturalmente, se acaba a tabela desse campeonato horrível que a gente está fazendo, a gente colocou a cara para todo mundo. A gente veio manifestar solidariedade. A intenção era falar que, se todo mundo propusesse de não haver jogo, mesmo o Inter, que está na zona de rebaixamento, iria aceitar todas as regras — afirmou.
O pronunciamento foi de encontro ao que Piffero declarou logo após a manifestação anterior. Na ocasião, o presidente sugeriu que não houvesse mais disputa de jogos em 2016, mas disse que "não abriria mão de nada", dando a entender que não aceitaria o rebaixamento colorado. Para não deixar dúvidas, o meia reiterou:
— Para a gente, jogador, desde ontem, se é independente de tabela, se for o caso de acabar o campeonato e a gente for rebaixado, vamos ter que aceitar, pois não fizemos por onde estar em uma situação melhor hoje.
A respeito das críticas que o posicionamento de quinta-feira geraram — como a do ex-jogador Dinei, que chamou os jogadores de "pipoqueiros" —, Alex foi firme: explicou que o time não tentou se aproveitar da comoção pela tragédia com o avião que transportava a delegação da Chapecoense para a disputa da final da Sul-Americana.
— A gente precisava se manifestar. Apesar de dentro de campo os resultados não estarem vindo, aqui não falta homem, não falta coragem, não tem vagabundo, nem mal caráter. Em nenhum momento a direção se opôs — resumiu.