O radialista Rafael Henzel, que volta amanhã ao Brasil, falou neste domingo por telefone com o jornalista da Rede Globo José Roberto Burnier. A entrevista foi veiculada no Fantástico. Durante a conversa, Henzel deu detalhes dos momentos que antecederam o acidente e ainda contou o que viu logo após a queda da aeronave.
Segundo o radialista, ele estava sentado na penúltima fileira do avião, na poltrona do meio. Ao lado dele estava o cinegrafista da RBS TV, Djalma Araújo Neto, e o colega de Henzel, Renan Agnolin.
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– Dos voos que eu fiz com a Chapecoense, esse realmente estava sendo o melhor de todos. Não podia existir momento ideal para todos. Foi a viagem com a maior interação, conversando com a imprensa – contou Henzel.
Ele detalhou que os jogadores e comissão técnica ficaram sentados do meio para a frente da aeronave, enquanto os jornalistas estava na parte de trás. Pouco antes do acidente, Henzel lembra que os passageiros perguntavam aos tripulantes quanto tempo faltava e a resposta era sempre a mesma: “10 minutos”.
– De repente, simplesmente desligaram as luzes do avião. Desligaram os motores e todo mundo voltou para o seu assento e colocou o cinto de segurança. A hora que isso aconteceu causou um certo temor. Mas ninguém imaginou que a gente bateria naquele morro – detalhou.
O mais impactante, segundo o radialista, foi perceber, logo após a queda, que os colegas ao seu lado estavam mortos.
– O momento mais triste foi ver os dois colegas do meu lado. Chamei pelos dois. Lamentei muito. Mas tive que buscar forças, apesar de estar com sete costelas quebradas – relatou.
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