Esqueça Pelotas e Brasil-Fa, que foram os principais concorrentes na Divisão de Acesso, e também ignore Inter de Lages-SC, Ituano-SP, Maringá-PR e Metropolitano-SC, os adversários na Série D do Brasileiro. Até agora, neste ano, o Caxias não pegou um time tão forte quanto o Ypiranga, adversário na final da Copa Larry Pinto de Faria, sábado, no Centenário, no jogo de ida. Os dois times já se enfrentaram duas vezes na primeira fase da Copinha, com duas derrotas grenás (4 a 1 no Colosso da Lagoa e 1 a 0 em casa).
É verdade também que o momento é outro, que a motivação na Copinha não é a mesma e que o clube de Erechim atravessa uma fase de transição. Por tudo o que fez em 2016 e por ser hoje a terceira força do futebol do Interior gaúcho, o Canarinho é favorito ao título e depois para conquistar a vaga na Copa do Brasil de 2017, seja contra São José-PoA, Novo Hamburgo, Inter B ou Bagé.
Nos últimos quatro anos, o Ypiranga foi comandado pelo técnico Leocir Dall'Astra, demitido em 19 de setembro. Nesse período, o clube ganhou projeção com o acesso à Série C nacional no ano passado e mudou de patamar. Foi um bom 2016: chegou às quartas de final do Gauchão, encarou o Fluminense de igual para igual na terceira fase da Copa do Brasil e quase se classificou aos matas do acesso à Série B do Brasileirão. O maior carrasco foi o Juventude, que eliminou o time canarinho no Estadual (goleada de 4 a 1) e ainda tomou-lhe a vaga nas quartas da Série C na última rodada.
Há um mês, muitas coisas mudaram no Colosso da Lagoa, mas o planejamento continua o mesmo. Conhecido do futebol da Serra, o técnico Carlos Moraes (foto) assumiu o comando e aos poucos vai impondo sua filosofia de trabalho. O primeiro objetivo é claro: a vaga na Copa do Brasil de 2017. O segundo é a montagem do grupo para não cair de patamar.
– Existe a cobrança para obter vaga na Copa do Brasil, mas não dá para descuidar do planejamento para o Gauchão. Vai ser uma disputa difícil. A ideia é mantermos a base de time, finalizar as renovações de contrato que faltam e contratar em torno de 40% do grupo para o ano que vem – revela Carlos Moraes.
Desde que ele assumiu, foram seis jogos, quatro vitórias e dois empates na Copinha. Apesar do favoritismo, Moraes cita um aspecto que deve equilibrar os confrontos diante do Caxias.
– O que está acontecendo com o Caxias é semelhante ao Ypiranga. É fim de temporada, os atletas estão desgastados pela sequência de jogos e as lesões atrapalham os times na Copinha. Taticamente, as duas equipes também mudaram com os novos comandos técnicos. O Caxias está diferente de quando o enfrentei pela Divisão de Acesso – diz Moraes, que estava no Brasil-Fa no primeiro semestre.
Time-base do técnico Carlos Moraes:
Carlão; Márcio, Negretti, Carlão Farias e Sander; Artur, Mikael, Danilinho e Matheus; Tulio Rennan e Maycon
Quem saiu:
Laerte (zagueiro e lateral), Labarthe e Marcelinho Paraíba (meias) e Henrique Pedrozo (lateral)
Quem está machucado:
João Paulo (centroavante)
Campanha no Gauchão:
5 vitórias, 3 empates e 6 derrotas
Campanha na Copa do Brasil:
2 vitórias, 2 empates e 2 derrotas
Campanha na Série C do Brasileiro:
8 vitórias, 4 empates e 6 derrotas
Campanha na Copa Larry Pinto de Faria:
9 vitórias, 2 empates e 1 derrota