Carlos Alberto Torres foi um dos grandes laterais da história do futebol brasileiro. Para Ruy Carlos Ostermann, o ex-jogador, que morreu nesta terça-feira de infarto, marcou época pela qualidade em uma posição que não costumava ter atletas de tamanha técnica:
– Ele pertence a este grupo de jogadores que sempre foi exaltado depois. Antes, é o atacante, o homem de meio-campo, o homem da habilidade. Foi assim ao longo da história e ainda é. Carlos Alberto era um jogador de excepcional qualidade técnica, mas era um defensor. Marcou sua posição, a exemplo de outros tantos, como Djalma Santos, Nilton Santos, que marcaram a posição claramente, definiram sua participação na Seleção.
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Além do nível técnico que chamou atenção durante as quase duas décadas de carreira profissional, Carlos Alberto era um líder da Seleção tricampeã mundial em 1970 – apesar das poucas palavras, o capitão fazia parte da linha de frente do grupo.
– Ele sempre foi um comandante, embora não se expressasse tanto. Os companheiros dizem, é o testemunho que o Pelé me deu, que ele era uma liderança. Era um centro de acontecimentos. Bem simples, bem direto, mas era uma liderança daquele grupo – completou Ostermann.
*ZHESPORTES