Paulo Roberto Falcão foi o segundo brasileiro a ingressar no Hall da Fama do Futebol Italiano, virando, de forma documentada, ao lado de Ronaldo, uma referência histórica do país por lá. Jogador de sucesso, Falcão lamenta apenas a falta de oportunidades para demonstrar o seu trabalho como treinador. Em entrevista ao Timeline desta quinta-feira, ele falou sobre o assunto.
"Não tive a sequência que eu acho que tenho que ter. De montar um time com objetivos, características, não com 35 jogadores o que eu acho absurdo. O que eu acho para ser cobrado pela sequência em três, quatro ou cinco anos. Não precisa ser no mesmo time", destacou.
Sobre sua equipe mais recente, o Inter, Falcão destacou que vinha fazendo um trabalho no âmbito emocional que acabou interrompido: "Quando eu comecei a ter o emocional do grupo na mão, pedi para psicóloga porque senti que o ambiente era pesado. Aí a insegurança entra no campo e passa a ser o maior adversário. Para mim o craque do time é o emocional. Quando eu tenho isso na mão para saber com quem eu poderia contar no momento difícil, quem não ia crescer, aí me tiraram", disse.
Falcão ainda destacou as boas vantagens de Grêmio e Atlético-MG na Copa do Brasil: "Claro que é difícil cravar, mas a vantagem é grande."
Em janeiro, Falcão viaja para a Itália para receber a honraria pelos trabalhos prestados à Roma.