No dia seguinte a um Gre-Nal sem gols, o que ainda repercute é confusão no segundo tempo do clássico, que começou em falta de Kannemann em Valdívia e culminou na expulsão de Edílson e Dourado. Em coletiva de imprensa, o lateral gremista explicou o lance, pediu desculpas à torcida, aos jogadores e ao técnico do Grêmio, mas disse que não se redimiria com o volante colorado.
— Gre-Nal sempre é um jogo de adrenalina sempre a mil, à flor da pele. O lance começou com o Vitinho dando dois socos no Kannemann. Eu acabei chegando com tudo na roda que deu ali. Não sou louco de chegar dando porrada do nada. Errei de ter acertado soco nele. Mas só fiz o que fiz por revide. O braço dele pegou no meu nariz, comecei a sangrar e revidei. Eu errei, já pedi desculpas para meus companheiros. Quero pedir desculpas para o Renato, para a torcida maravilhosa que foi lá ontem — afirmou, antes de justificar que não pediria desculpas a Rodrigo Dourado:
— As imagens são claras. Foi um revide. A respeito do Dourado, não sou amigo dele, então deixa para lá.
Embora tenha, em 29 jogos pelo Grêmio, acumulado 10 cartões amarelos e dois vermelhos, Edílson não se considera um jogador violento. O lateral defende que seu estilo de jogo é "firme" e admitiu que tentará corrigir o problema para não desfalcar o Grêmio em suspensões.
— Claro que é chato dar uma coletiva hoje sobre um lance desses. A gente queria estar falando sobre vitórias, sobre gols. Eu sempre tento, durante o jogo, ser leal. Jogar firme, mas não desleal. O que eu tinha para me desculpar, eu já pedi — disse. — Eu acho que tem que corrigir. Tenho levado alguns cartões às vezes até por reclamação ou por chegar firme. Às vezes, também não entendemos os critérios dos árbitros. Por mais que eu tenha levado esses cartões, não me acho um jogador violento. Mas quero jogar o máximo de jogos possíveis — completou.
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