A 12ª etapa da Volta da França foi marcada por uma cena surreal: na subida do Mont Ventoux, uma das mais tradicionais da prova, o líder e atual campeão Chris Froome quebrou sua bicicleta e teve de percorrer dezenas de metros a pé até chegar ao próximo carro com outra bicicleta.
Por causa do contratempo, o britânico despencou inicialmente para o sexto lugar geral, a cerca de um minuto do compatriota Adam Yates, mas acabou recuperando a liderança uma hora depois, por decisão dos comissários.
Froome sofreu uma queda no final da subida, quando uma moto das equipes de televisão, que cobre o evento, teve de frear bruscamente depois de ser bloqueada pela multidão de espectadores e causou um acidente com vários competidores.
– Antes do último quilômetro, uma moto freou bruscamente na nossa frente (ele estava em um grupo com o australiano Richie Porte e o holandês Bauke Mollema) e batemos nela. Outra moto veio atrás e quebrou minha bicicleta.
Eu tive de ir correndo, porque sabia que o carro com minha outra bicicleta estava muito longe, cinco minutos atrás – descreveu Froome.
O regulamento prevê que, em caso de incidente, é possível atribuir a um competidor o mesmo tempo que os ciclistas que se encontravam com ele (no caso, Porte e Mollema), mas isso normalmente não se aplica para etapas que terminam com subidas.
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– Foi claramente um acidente, isso acontece. Não houve nada intencional, ninguém pode imaginar que alguém possa ter feito isso de propósito. Quem sabe Chris poderá fazer a maratona de Paris no ano que vem! – brincou o dirigente Dave Brailsford, diretor da Sky, equipe de Froome.
Medalhista da prova contra o relógio de ciclismo nos Jogos Olímpicos de Londres-2012, Froome é considerado um dos favoritos ao ouro nos Jogos Rio 2016.
*AFP