O fraco desempenho em Fiji, com a 25ª colocação, ficou para trás - até porque, ao final da temporada, a WSL descarta as duas piores pontuações dos surfistas entre as 11 etapas. Agora, o estreante Caio Ibelli está focado em retomar o bom desempenho dos primeiros meses do Tour. Conquistar o título de Rookie of The Year (Calouro do Ano), disputa na qual atualmente é líder, ficar entre os 15 melhores do mundo e chegar a uma final estão entre os desejos do paulista para 2016. Já em Dona Point, na Califórnia, após a eliminação no paraíso do Pacífico, buscará aprimorar suas manobras ao lado da amada, a também surfista Alessa Quinzon, bela havaiana que está na 14ª colocação no ranking feminino e com quem namora desde 2012.
Caio está, acima de tudo, em uma temporada de alegria. Desde que venceu o título mundial júnior, em 2012, seu nome é cotado para subir à elite. O objetivo foi alcançado. Ganhou elogios por suas performances e está em uma colocação de prestígio: quinto lugar (que deve mudar após o término da disputa em Fiji). Das cinco etapas até agora, teve o melhor desempenho em Margaret River, na Austrália, quando ficou na quinta colocação. Os números o fazem sonhar com uma final - se possível, com o desfecho de título. Mas tudo sem pressa, "com os pés no chão", como ele deseja.
– Fantástico (o início do ano). Surfar na elite sempre foi um sonho e sabia que tinha condições de surfar com os tops. Porém, existem lugares que nunca havia surfado antes e, então, em alguns lugares, ainda tenho que aprender o "segredo dos locais". Claro que existem as metas de permanecer no Tour no ano que vem e ser o estreante do ano, mas o importante é acumular bastante experiência. Eu estou muito feliz com as minhas performances e espero, quem sabe, ficar entre os top 15 nesse meu primeiro ano.
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Apesar de novato, o garoto de 22 anos criado no Guarujá, em São Paulo, não é inexperiente. No ano passado, disputou as etapas de Portugal e França como convidado. E terminou 2015 como campeão da divisão de acesso, o Qualifyng Series (QS).
– Toda experiência ajuda. Em todos os campeonatos que disputei sempre quis dar o meu melhor e aqui não é diferente. A competitividade do QS me ensinou muito, pois todos ali querem lutar para entrar na elite e pouca gente consegue. E a pressão desses campeonatos também me preparou para enfrentar o peso que é estar na elite.
Não bastasse a vaga entre os 34 melhores do mundo, o surfista tem seis compromissos nos quais a agenda combina com a da namorada: as quatro primeiras etapas (Gold Coast, Bells Beach, Margaret River e o Rio de Janeiro), além de Trestles (Califórnia) e Hossegor (França), preveem as competições masculina e feminina nas mesmas datas. Nada melhor do que torcer pela pessoa amada in loco.
Os dois trocam conselhos e experiências. Alessa, é verdade, já está na estrada há mais tempo que o namorado: compete na elite desde 2014. Entre o Brasil e o Havaí, os dois optaram por morar na Califórnia por ser um local "neutro", que não complica a rotina de nenhum do casal. Neste domingo, 12 de junho, lembrarão do Dia dos Namorados da terra natal de Caio, mas confessam que preferem celebrar o Valentine's Day, Dia de São Valetim, em 14 de fevereiro.
– Estamos mais juntos que nunca, pois agora temos praticamente as mesmas agendas. Vivemos nos ajudando, um dando suporte para o outro nos treinos e nas etapas. Isso só tem a acrescentar – afirma. – Eu acho que fico mais nervoso assistindo ela competindo do que eu estando competindo. Nós somos uma dupla e caminhamos juntos. Queremos atingir o topo juntos.
Caio Ibelli vai, aos poucos, lapidando seu surfe para se tornar um campeão no futuro. De preferência, que o título, quando chegar, seja erguido ao lado de uma bronzeada havaiana de cabelos claros.
*ZHESPORTES