A CBF ferve nos bastidores. Na sede, no milionário edifício da Barra da Tijuca, no Rio, Marco Polo Del Nero é pressionado por cima e por baixo para demitir Dunga, Gilmar Rinaldi e toda a comissão técnica.
Dirigentes das 27 federações nacionais exigem mudanças radicais. Entendem que a troca é um clamor nacional. Um giro no comando, caso Del Nero encontro o substituto certo, poderá trazer de volta à Seleção ao coração do brasileiro.
O torcedor anda separado da Seleção desde a Copa do Mundo do Brasil de 2014. O 7 a 1 não cicatrizou. Nem todos no entorno do dirigente paulista, que não pode deixar o país e que acompanha os jogos da Seleção no Exterior pela TV, apostam na demissão de Dunga, contratado em julho de 2014.
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A saída do gaúcho quebraria o planejamento da CBF para os Jogos Olímpicos a dois meses da estreia. Em quatro dias, começa uma pré-temporada na Granja Comary. Dunga fez um pré-lista de jovens convocados, comanda reuniões e lidera todos os processos. Rogério Micale, que treinou a equipe até agora, seria assiste-técnico.
Nesta terça-feira, Del Nero encontrará Dunga e Rinaldi no Rio. Del Nero confia mais no segundo, que é o único profissional que discute futebol com o presidente. Se Rinaldi abandonar Dunga, o treinador cai na hora. Dunga voltou ao comando da Seleção pelos braços do diretor de seleções da CBF. Foi ele que fez a cabeça de Del Nero.