México e Uruguai fizeram um jogo "muy caliente", digno de Copa América. Mais acostumados com situações "apimentadas" e jogando praticamente em casa, os mexicanos levaram a melhor pela primeira rodada do Grupo C e venceram por 3 a 1, neste domingo, em Phoenix. A elasticidade do placar pode enganar e omitir o que de fato aconteceu: um jogo muito disputado, com uma entrega total de ambos os lados.
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Com o resultado, o México, além de manter a série invicta que dura desde outubro de 2015, assumiu a ponta da chave, superando a Venezuela no saldo de gols. Na próxima rodada, quinta-feira, os uruguaios enfrentam os venezuelanos, na Filadélfia. Já o México encara a Jamaica, no Rose Bowl, em Pasadena.
Os uruguaios ainda estavam assimilando a gafe cometida pela organização da Copa América, que tocou o hino nacional chileno em vez do uruguaio, quando saíram atrás no placar. Um dinâmico México chegou com velocidade pela esquerda e alçou a bola para a área uruguaia. E não é que Alvaro Pereira acabou fazendo contra? Foi o gol contra mais rápido da história da Copa América, somente aos três minutos de jogo.
Bem organizado pelo técnico Juan Carlos Osorio, que treinou o São Paulo ano passado, o México manteve no primeiro tempo o padrão das últimas partidas. Um time com bom toque de bola, seguro, sem dar muitas chances ao adversário, que se mostrava perdido e apostando nas bolas longas. A exceção da tranquilidade mexicana foi um chute cara a cara que Cavani desperdiçou. Talavera fechou bem o ângulo.
O prognóstico do México para o segundo tempo parecia ainda mais animador, já que Vecino tomou o segundo cartão amarelo - depois de dar uma botinada em Corona -, deixando a Celeste com inferioridade numérica.
Mas a lógica não costuma funcionar com o Uruguai. A Celeste cresceu. Agigantou-se. O México, mesmo com o apoio do torcedor, ficou acuado, não conseguia sair ou engatar uma troca de passes no campo ofensivo.
A situação piorou quando Guardado também foi expulso após o segundo amarelo. O castigo veio a galope: na cobrança da falta do cartão vermelho, Godín - como de costume - empatou de cabeça. O México não tomava gol desde outubro de 2015. Ou seja, foi a primeira vez que o time foi batido desde que Osorio assumiu: durou oito jogos.
Mas, com as costas na parede, o México não ficou inerte. E mais um jogador defensivo entrou em ação para resolver: Rafael Márquez, aos 37 anos, soltou um chutaço - um míssil, na linguagem bélica - dentro da área e colocou o México "arriba" no placar.
Já nos acréscimos, com o Uruguai na lona, Herrera fez o terceiro. Vitória confirmada e êxtase tricolor em Phoenix.
*LANCEPRESS!