A história se repete. Eram para ser mais 3 pontos. Mesmo longe do Bento Freitas, poderíamos ter vencido jogando em um estádio praticamente vazio, exceto por alguns abnegados guerreiros xavantes que foram ao Centenário em Caxias do Sul. O Náutico foi um time que não ameaçou seriamente o Brasil em nenhum momento do jogo. Tivemos um gol legítimo feito pelo Ramon, mas o bandeirinha viu impedimento no lance. Aliás, mais uma vez, só o bandeirinha viu. Mas não serve como desculpa. Tivemos três quartos do jogo para fazer um gol e não tivemos competência.
Aliás, sobre isso, gostei da entrevista pós jogo do técnico xavante. Rogério Zimmermann minimizou o equívoco do gol anulado e centrou o prejuízo mais no fato de o Brasil jogar contra o Náutico e, na próxima sexta-feira, contra o Bahia, no Centenário e não no Bento Freitas. Sobre isso, digo eu: poderíamos estar jogando dentro de Pelotas, pelo menos, mas nem isso foi possível. Felizmente, para outros clubes da cidade, dinheiro não é problema. Que bom.
Se gostei da entrevista do Zimmermann, o mesmo não posso dizer com relação às substituições feitas por ele ontem. Especialmente a saída do Marcos Paraná para a costumeira entrada do Nathan. Cachorrão mais uma vez entrou e não produziu quase nada. O gol no Sampaio Correa foi apenas a exceção que confirma a regra. Marcos Paraná, cansado, com cartão amarelo, seja a justificativa que for, está proibido de sair antes do apito final. Com ele, temos uma opção de chute de fora da área e boa articulação no meio. Quando Nathan entrou, ficamos apenas com o Diogo, já cansado, na articulação. Perdemos consistência no meio e o poder de fogo diminuiu. Quando o bom Clébson entrou no lugar do Diogo, não melhorou porque continuamos apenas com um articulador.
E aí, arrastou-se o 0x0 até o fim. Seguimos em décimo, menos mal. O que já me preocupa é essa história de "ponto ganho". De "ponto ganho" em "ponto ganho", a diferença para o Z4, que já foi de 8 pontos, agora é de cinco. Portanto, temos que voltar a vencer, seja no Bento Freitas ou no Centenário. E fora de casa, ter ambição de vencer. Vitória e saldo de gols são critérios de desempate lá adiante. Se todo mundo sabe disso, que tal colocarmos em prática?