Uma noite especial para quem acompanha futebol com um acessório indispensável: emoção. E uma noite especialíssima para quem acompanha futebol com emoção e.... paixão. Talvez nem seja momento para falar de aspectos técnicos do jogo ou do pouco público no Estádio Centenário.
Mas, vamos lá: os primeiros 25 minutos de jogo me deixaram perplexo em frente a TV. O Bahia tomou conta do jogo, com posse de bola e criando situações de gol. Cheguei a brincar (tenso, é verdade) que a iluminação da Fonte Nova estava deficiente, tamanho era o predomínio do Bahia no jogo.
Na verdade, a postura baiana surpreendeu o Brasil que demorou a entrar no jogo. Mas, a partir dos 25 minutos, o Xavante corrigiu a marcação e foi equilibrando o jogo. Chegou a terminar o primeiro tempo ligeiramente superior. O 0x0 foi justo na primeira etapa.
O segundo tempo épico começou com muita marcação e pegada das duas equipes. Este, sim, o jogo do Brasil. O Xavante seguiu melhor na partida e começou a criar mais situações de gol. Em uma delas, aos 10 minutos, Felipe Garcia, o Garcigol mandou ver na bola espalmada por Marcelo Lomba após chute do Ramon. Caixa! 1x0.
Mas ainda faltavam 35 minutos, mais os acréscimos. Como o Brasil se portaria? Pensei: hora de tirar o Ramon e meter mais um volante e segurar o resultado. Aí, Rogério Zimmermann mostrou por que ele é treinador e eu, palpiteiro. Mesmo ganhando o jogo, colocou mais um atacante, Nathan, para jogar ao lado de Ramon e tirou Marcos Paraná.
E não é que as chances de gol aumentaram para o Xavante? Mandou muito bem, professor! Depois entrou Clébson no lugar de Diogo Oliveira. Até que o imponderável aconteceu aos 43 do segundo tempo: Moisés cruzou da esquerda Martini espalmou no pé do lateral Marlon e a bola entrou: 1x1. Meu Deus, que tragédia dois pontos escapando entre os dedos contra um postulante ao acesso.
Nem sei direito o que pensei mais na hora, tamanho o desânimo. Praticamente no minuto seguinte, Garcigol entra na área, chuta cruzado e perde o gol de desempate. Aí o desânimo se transformou em desespero. Mas não tá morto quem peleia. 47 minutos, falta. Marlon joga a bola na área. Na cabeça do zagueiro Teco que, soberano, mete na rede! Paralisei: grito, choro ou pulo? até agora não sei o que eu fiz. Provavelmente tudo junto!
Agora, vamos a um exercício de imaginação, xavantada: imaginem um mata-mata de Copa do Brasil. Jogo de ida, na Fonte Nova, Bahia 0x0 Brasil. Jogo de volta, 1x0 xavante. 43 do segundo tempo, gol contra. 1x1 Bahia classificando. Felipe Garcia perde um gol feito aos 46 e Teco faz o 2x1 aos 48. No Bento Freitas. E, aí??????
Voltando à (doce) realidade, temos que aguardar o final da rodada neste sábado. Por enquanto, estamos em sétimo com 19 pontos, a um do G4 e livrando oito do rebaixamento. Nada mal. Aliás, para os 45 pontos que nos manterão na Série B, faltam 26 pontos em 26 jogos.