Um início de campanha no Brasileirão com duas vitórias e um empate, sendo que um dos triunfos foi no Morumbi, contra o poderoso São Paulo, é, sem nenhuma dúvida, uma boa notícia para o Inter.
Não devemos, entretanto, olhar só para os resultados. Vou me ater às duas partidas que o Inter fez no Beira-Rio. Tanto no empate contra a Chapecoense quanto na vitória contra o Sport Recife tivemos sérias dificuldades em enfrentar times retrancados e que se organizaram de uma forma compacta, encurtando o campo de jogo.
Na primeira, jogamos com Aylon. Na segunda, iniciamos com três volantes, com Ferrareis entrando ainda no primeiro tempo, no lugar de Anselmo.
Mesmo assim, tem sido extremamente complicada a produção ofensiva. A conclusão a que se chega é que o nosso problema é efetivamente o abastecimento do ataque. Falta armação de jogadas na frente. Notem que não estou criticando a formação, apenas constatando que não importa o rótulo do jogador, mas sim a função a ele determinada.
Não funcionou no jogo contra a Chape e funcionou precariamente no segundo tempo do jogo contra o Sport Recife.
Na Baixada Santista
Para domingo, na Vila Belmiro, parece claro que Argel adotará as mesmas precauções do Morumbi e, se isso acontecer, estará absolutamente correto.
Não sou contra o pragmatismo, mas há de se dizer que, jogando assim, estamos sempre na corda bamba. Vale pelo resultado, mas causa enormes sobressaltos.
*Diário Gaúcho