Gil nunca foi de se intimidar com desafios. Na carreira, o jogador sempre aproveitou as oportunidades que apareceram. Foi assim quando se transferiu do Americano-RJ para o Atlético-GO, depois para o Cruzeiro, Valenciennes (FRA) e Corinthians, onde se firmou de vez no cenário nacional.
As boas atuações no clube paulista fizeram com que tivesse ele tivesse as primeiras chances com a camisa da Seleção. Reserva em um primeiro momento, o jogador agora tem a oportunidade de assumir de vez a titularidade da zaga ao lado de Miranda durante a disputa da Copa América edição 100 anos.
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Qual sua expectativa para a Copa América? Vê o título como obrigação ou nesse momento o importante é recuperar a confiança e bom futebol na Seleção?
Todo torneio que a Seleção disputa é importante e ela tem de entrar para buscar o título sempre. O trabalho é novo, existe uma mudança, teve uma Copa no meio do caminho que todos sabemos que o resultado não foi bom, então é preciso ter paciência. O time joga pouco, cada um vem de um lugar, e isso aos poucos vai melhorando. Não fizemos só jogos ruins e é preciso lembrar que fizemos bons jogos também. A competição pode servir para recuperar essa confiança e o bom futebol, já que vamos ter um tempo maior juntos.
Acredita que esta Copa América é a chance para se firmar de vez como titular da Seleção Brasileira?
Vejo como uma chance para todos. É uma competição muito tradicional, com grandes equipes, e o Brasil sempre entra como um dos favoritos. É uma oportunidade para o nosso time estar mais junto, evoluir, e isso ser refletido depois também nas Eliminatórias para a Copa do Mundo.
O Dunga disse que você e o Renato Augusto precisariam fazer um algo a mais para seguirem sendo convocados. Que tipo de trabalho você tem realizado para se manter em alto nível na China?
Em todos os clubes que passei, e no Shandong não é diferente, sempre procurei fazer um algo a mais. Temos jogado, quase que sempre, duas vezes por semana na China. Então, o ritmo é praticamente o mesmo do Brasil. Além disso, procuro me cuidar, fazer complementos e sempre com a orientação da nossa comissão técnica, que é toda formada por brasileiros.
Pensa em jogar a Olimpíada? Afinal, a defesa é um dos pontos comentados para ser reforçado por jogadores acima de 23 anos.
É algo que não depende de mim e precisamos esperar. A cabeça agora está totalmente voltada para a Copa América, que é a nossa próxima competição. Depois disso vamos pensar nos próximos passos e ver o que a comissão técnica vai definir.
Esse período de pouco mais de um mês juntos será importante para a recuperação nas Eliminatórias?
Com certeza. É difícil o grupo estar junto por muito tempo e agora teremos essa oportunidade. E isso pode ser refletido depois nas próximas competições. É só ver que muitos atletas são olímpicos e já vão poder utilizar esse entrosamento na Olimpíada.
Tem acompanhado o Corinthians? Como analisa a temporada do clube até o momento?
O horário nem sempre ajuda, mas quando dá, vejo, sim. Acho que a temporada está sendo como esperada. É um momento de transição, que o Tite ainda está acertando a casa e os reforços se adaptando. É natural que o entrosamento não seja o mesmo do ano passado, quando foi formado um grande elenco e todos se conheciam muito bem. Mas a tendência é só melhorar e com certeza o time vai brigar pelo título no Brasileiro e na Copa do Brasil.