Foi com muito mais sofrimento do que a torcida colchonera imaginava, mas o Atlético de Madrid se garantiu nas quartas de final da Liga dos Campeões. Depois de um empate sem gols na Holanda contra o PSV na ida das oitavas, o resultado se repetiu nesta terça-feira no Vicente Calderón, e o torcedor do time espanhol só conseguiu comemorar na disputa de pênaltis. E só na oitava cobrança, com o lateral-direito Juanfran sendo o herói.
Outros cinco times também já estão classificados para as quartas de final. Wolfsburg, Real Madrid, Paris Saint-Germain e Manchester City são os outros que estarão na próxima fase. Nesta quarta-feira, os últimos dois serão conhecidos. O Barcelona recebe o Arsenal, enquanto o Bayern de Munique joga em casa com a Juventus. O sorteio será na sexta-feira.
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Ao contrário do que tinha dito, Diego Simeone não escalou o time com três atacantes. Utilizou o sistema 4-4-2, com Griezmann e Carrasco na frente. Com o meio-campo cheio, o time da casa tocava a bola na intermediária com calma, e só criava perigo quando surgia alguma inspiração de Koke. A primeira grande chance do jogo saiu quando o meia recebeu na área, centrou para o atacante francês, obrigando Zoet a fazer grande defesa.
Mas a infiltração do camisa 6 não era tão frequente, e lá pelos 25 minutos de jogo o PSV cresceu muito. Foi criando oportunidades, principalmente com jogadores como Willems, Van Ginkel, Moreno e Locadia. Em bola de linha de fundo, quase que o centroavante, este último citado, quase recebeu na boa para marcar.
Os holandeses já estavam tão bem à vontade, que até já tinham mais posse de bola. E pressionando. Depois disso, o Atlético tentou voltar ao jogo. Organizou-se em campo, buscou chutes de fora da área, e terminou a primeira etapa melhor. Mas sem gols.
Na volta do segundo tempo, o Atlético de Madrid voltou mais ligado e buscando o ataque. Mas sem ter poder de finalização, Diego Simeone tirou Augusto Fernández e colocou Fernando Torres, para comandar o ataque com Griezmann e Carrasco. Mas quem pressionou na sequência foi o PSV. Um verdadeiro bombardeio, com direito a bolas na trave e tudo. O jogo era quente demais em Madri.
O Atlético respondeu com chute forte de Filipe Luís, em que Carrasco isolou no rebote. Mas o Colchonero cresceu. Torres entrou bem, buscando até jogadas individuais. O time melhorou junto. O PSV, nessa altura, ficava só nos contra-ataques. Mas nada de gols e tensão crescendo. Acabou indo para a prorrogação.
No tempo-extra, o Atlético continuou melhor. Mas ainda sem poder de fogo e com o cansaço aparecendo, ninguém conseguia balançar as redes. O Colchonero criou boas oportunidades. Mas nos últimos minutos tudo ficava mais difícil, e o PSV também foi perigoso. Porém, faltou coragem de ir para cima de vez, e foi para os pênaltis.
Na disputa de pênaltis, todo mundo ia batendo e convertendo: Van Ginkel, Griezmann, Guardado, Gabi, Propper, Koke, Bruma, Saúl Ñíguez, Moreno e Fernando Torres. Todos fizeram e foi para as alternadas. E a bola continuou entrando. Narsingh foi o primeiro a errar, na oitava do PSV, no travessão. Na sequência, Juanfran guardou e classificou o Atlético de Madrid.
*LANCEPRESS