Craque ele não é. Bom jogador é certo. Alexandre Pato chega no vestibular do melhor futebol aos 26 anos, experiente e rodado. Precisará provar em quatro meses que tem bola no corpo para defender o Chelsea, fazer sucesso na Premier League, a competição mais exigente do mundo, e ganhar vida longa na Europa, que já o dispensou em 2013.
A imagem de Pato é ruim. Não é a de um profissional extremamente dedicado. Está ligada ao mundo das celebridades que circulam ao lado do futebol e desviam o atleta do jogo. Parece um deslumbrado de vez em quando entre uma artista de novelão brasileiro e outra. Treinadores dizem que falta sangue de verdadeiro competidor nas veias do ainda jovem atacante.
Cria da rica base colorada, Pato trocou o Brasil pela Europa muito cedo, antes do 20 anos, em 2007. Oito anos são suficientes para conhecer o verdadeiro potencial de um jogador. Pato teve chances no Milan. Todos esperavam um grande jogador. O craque, que ele não é, não apareceu. Nem o Corinthians ou o São Paulo observaram um jogador acima da média, muito menos a Seleção Brasileira.
Pato sabe fazer gols, gols de todos os tipos. Mas goleadores como Pato, derrotado na luta pelo topo dos goleadores do Brasileirão 2015 pelo veterano Ricardo Oliveira, não faltam. Sobram quando se olha os grandes times.
O paranaense Pato nunca será a solução. Será complemento, um coadjuvante, um bom jogador. Viverá agora o maior desafio da sua carreira de quase 10 anos. Aparecerá numa equipe comandada por um técnico tampão, mal na tabela, lotada de problemas internos e com jogadores rebeldes.
Pato ganhava R$ 800 mil mensais, divididos entre São Paulo e Corinthians. O Timão tentou vendê-lo na janela. Não conseguiu. O empréstimo é uma solução. Poupará pelo menos R$ 5 milhões. Dinheiro não é dor de Pato. Vamos ver agora o que ele quer de verdade.
*ZHESPORTES