Demitido do Chelsea, o português José Mourinho, 52 anos, é um caso raro no futebol de qualquer continente. Tem mais fãs entre os torcedores do time londrino do que entre jogadores e dirigentes de todos os outros times que dirigiu em 15 anos de carreira.
Em Stamford Bridge, casa do Chelsea, a torcida costuma cantar mais ou menos assim nas boas e nas más horas:
– Não há ninguém como José, José, José Mourinho.
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Mourinho é um símbolo. Ajudou o Chelsea a mudar de posição no ranking da Premier League na década passada. Ofereceu títulos. O gosto pela vitória. Mostrou poder ao enfrentar torcedores e treinadores de gigantes como Manchester United, Liverpool e Arsenal.
Com ele – e com os milhões do russo Roman Abramovich –, o Chelsea começou a ingressar na turma dos poderosos do futebol da Inglaterra e da Europa. Fincou sua bandeira no mundo do futebol.
Mourinho, um herói local, deixa o Chelsea na 16ª colocação do Campeonato Inglês com 15 pontos. Foram quatro vitórias, três empates e nove derrotas. O time enfrentará o PSG nas oitavas de final da Liga dos Campeões, em fevereiro. Seu vestiário estava fraturado, dividido em blocos. O diálogo roçava o zero.
Mourinho ganhou três vezes o Campeonato Inglês, uma vez a Copa da Inglaterra e mais três vezes a Copa da Liga Inglesa. Seu legado é enorme. A torcida nunca o esquecerá. Continuará cantando o nome de Mourinho antes, durante e depois das partidas. Mesmo que Pep Guardiola assuma o comando da equipe.
Mourinho é imortal no Chelsea.
*ZHESPORTES