A equipe brasileira de Vela que representará o país nos Jogos Olímpicos de 2016 está completa e definida. A dupla formada pelo gaúcho Samuel Albrecht e a carioca Isabel Swan, do Veleiros do Sul, voltam a disputar o evento esportivo depois de se ausentarem em Londres, em 2012. A dupla compete na classe olímpica estreante, a Nacra 17, e garantiu a vaga na III Copa Brasil de Vela, na Baía de Guanabara. Com a classificação dos dois velejadores, o Brasil fechou sua equipe de 15 atletas para o evento esportivo do próximo ano.
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Primeira mulher da vela brasileira, ao lado de Fernanda Oliveira, a conquistar uma medalha olímpica – o bronze na 470 feminina, em Pequim-2008 –, Isabel Swan realizará o sonho de competir em casa. Samuel, por sua vez, havia disputado a Olimpíada de Pequim, na 470 masculina, ao lado de Fábio Pillar.
– Em 2009 eu participei da eleição do Rio fazendo o discurso na apresentação para o Comitê Olímpico Internacional. Agora, poder representar o meu país, em casa, será a realização de um sonho. Fizemos um bom campeonato Sul-Americano e isso nos deu uma boa vantagem aqui na Copa Brasil. É a conquista de um projeto trabalhado há muitos anos e queremos representar bem o Brasil nos Jogos – afirmou Isabel, visivelmente emocionada.
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Logo após a confirmação da vaga para os Jogos do Rio, Samuca fez um balanço da sua trajetória até obter essa conquista e disse que eles estavam orgulhosos de mais uma vez representarem o Brasil na vela olímpica.
“De modo geral foi uma campanha sofrida devido as dificuldades enfrentadas durante esses dois anos e meio. Começamos de maneira relaxada, tentando dividir o tempo entre meu trabalho e as competições. Depois a concorrência foi apertando e tivemos que intensificar o ritmo da campanha. Eu precisei tomar uma decisão difícil neste ano que foi a troca da minha proeira – Geórgia Silva foi substituída por Isabel Swan -, porém considerava necessária.
Eu e a Isabel tínhamos pela frente apenas seis meses antes das eliminatórias e por isso todos os dias pensávamos como poderíamos recuperar esse tempo perdido, e alcançarmos nossos adversários que vinham evoluindo bastante. Era muita pressão e as vezes senti medo por ter dúvida se conseguiríamos atingir nossos objetivos. No entanto a dupla se encaixou rápido e evoluímos tecnicamente rápido – contou Samuca.
Com sede na Praia de São Francisco, em Niterói (RJ), a Copa Brasil proporcionou uma disputa entre Samuel e Isabel contra João Bulhões e Gabriela Nicolino. A classificação olímpica seria definida pela soma dos resultados no Sul-Americano e na competição organizada pela Confederação Brasileira de Vela (CBVela). Samuel e Isabel ficaram em sétimo na primeira e 12º na segunda. Fora da regata da medalha, tinham de torcer para que João e Gabriela chegassem de sétimo para cima, já que os adversários tinham ficado em 13º no Sul-Americano.
Na regata da medalha, disputa que reúne os dez melhores barcos e vale o dobro de pontos, João e Gabriela chegaram em quarto, somando 112 pontos perdidos e encerrando a competição na oitava posição no geral. Assim, Samuel e Isabel conquistaram a vaga olímpica. Os vencedores foram os franceses tricampeões mundiais Billy Besson e Marie Riou, com 72 pontos perdidos.
No sábado, Henrique Haddad e Bruno Bethlem haviam garantido a vaga na 470 masculina. Além deles vão disputar os Jogos Robert Scheidt, na Laser; Fernanda Decnop, na Laser Radial; Martine Grael e Kahena Kunze, na 49erFX; Marco Grael e Gabriel Borges, na 49er; Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan, na 470 feminina; Jorge Zarif, na Finn; Patricia Freitas, na RS:X feminina e Ricardo Winicki, o Bimba, na RS:X masculina.
* ZHESPORTES