Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, presidente da Federação Paraense, de 77 anos, foi eleito nesta quarta-feira vice-presidente da CBF. Dessa forma, Nunes se torna o vice mais velho da entidade, "roubando" de Delfim Peixoto, presidente da Federação Catarinense, de 74 anos, o primeiro lugar na fila de sucessão, caso Marco Polo Del Nero, hoje licenciado, renuncie definitivamente.
– Sinto-me honrado em ter a confiança dos que fazem essa casa. Farei o possível para contribuir com humildade e experiência nesse momento. Farei do diálogo minha maior ferramenta no processo – disse Nunes.
Foram 50 votos, com 44 sim, três não e três em branco. Houve cinco abstenções: as Federações Bahiana, Catarinense e Alagoana, além dos clubes CRB e Bahia.
O presidente da assembleia eleitoral desta quarta foi Rubens Lopes, da Ferj. Delfim Peixoto e Gustavo Feijó, ambos vices e contrários ao pleito, tiveram que ficar à mesa. O bloco que resolveu se abster explicou que ainda existe uma batalha judicial envolvendo a eleição.
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– Não é uma questão de oposição à CBF, mas uma posição de ser contra à maneira errada como tal processo foi conduzido. Convocaram a Assembleia no dia 4 de dezembro, sendo que não tinha carta de renúncia do Marin. Essa carta, que deixaria a cadeira vaga, chegou apenas no dia 11 de dezembro. No dia 7, o Gustavo Feijó esteve aqui na CBF, pediu para ver o documento de renúncia e não tinha. Isso torna o processo complicado. Não posso ser a favor disso - afirmou Ednaldo Rodrigues, presidente da Federação Bahiana.
A eleição desta quarta quase não aconteceu porque foi só no início da noite de terça que a CBF conseguiu, com recurso ao Tribunal de Justiça do Rio, um efeito suspensivo à liminar que tinha suspendido a eleição anteriormente, em um processo aberto por Delfim Peixoto.
Leia o primeiro discurso do Coronel Nunes
"Sinto-me honrado em ter a confiança do que fazem essa casa. Farei o possível para contribuir com humildade e experiência nesse momento. Farei do diálogo minha maior ferramenta no processo. Saberei ouvir e refletir antes de qualquer decisão.
O momento é de reflexão. O futebol brasileiro precisa voltar a ser referência de vitórias, conquista, e sobretudo resgatar a confiança do torcedor brasileiro. Minha experiência de anos de futebol, entendo que este é o momento ideal de dividirmos essa responsabilidade.
Quero agradecer a cada um dos senhores pelo respeito e credibilidade. Que todos juntos possamos começar a escrever e trilhar dias melhores para o futebol brasileiro."
*LANCEPRESS